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Homenagem a Carlos Kurt, o alemão mal humorado dos Trapalhões

O vilão mais marcante dos programas e dos filmes do quarteto liderado por Renato Aragão

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 Maio 2018, 13h51

Quem recorda dos antigos programas dos Trapalhões sabe que, além dos quatro protagonistas, sempre apareciam rostos conhecidos na telinha que participavam das esquetes e ajudavam os quadros a se tornarem ainda mais engraçados. Um bom exemplo é o Sargento Pincel, vivido pelo humorista Roberto Guilherme, que ainda pode ser visto na ativa em programas da Globo, como o Zorra. Roberto participava de diversos quadros no programa dos Trapalhões, mas o do sargento enfurecido com o desleixado soldado 49 (Didi Mocó) foi o personagem que mais o marcou.

Outro ator se destacou nessa linha de personagens mal humorados, geralmente briguentos, e que apesar de não ter um personagem fixo, era facilmente reconhecido assim que apareciam seus olhos esbugalhados ou sua voz de trovão. Era Carlos Kurt, uma das figuras mais emblemáticas do programa.

(Reprodução/Veja SP)

Carlos Kurt, cujo nome verdadeiro era José Carlos Kunstat, nasceu no Rio de Janeiro em 1933. Antes de seguir a carreira artística, ele trabalhou para a Cedae, Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, e depois entrou numa emissora de rádio, como técnico. Sua estreia no cinema foi em 1968 no filme O Carrasco Está Entre Nós, um filme de ação sobre nazistas escondidos no Brasil. Mas foi em produções cômicas que ele se destacou. Entre 1969 e 1975 ele participou de três comédias no cinema, contracenando com atores como Costinha, Agildo Ribeiro, Nair Belo e Rony Cócegas, e em 1976 fez o primeiro de uma série de filmes com Os Trapalhões, Simbad, o Marujo Trapalhão.

Daí para o programa de TV dos Trapalhões foi um passo rápido. Sua primeira participação no programa foi em 1978, e por quinze anos ele fez os mais variados tipos antagonizando Didi e companhia, geralmente personagens valentões, graças à sua cara de mau e seus 1,97 metro de altura. Na TV, também participou das novelas Champagne e Que Rei Sou Eu?, em 1983 e 1989 respectivamente. No cinema, foram 27 filmes, treze deles com Os Trapalhões. Ele até fez uma participação rápida e não creditada em 007 Contra o Foguete da Morte, filme do espião James Bond que teve locações no Rio de Janeiro, em 1979.

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Participação de Carlos Kurt em 007 Contra o Foguete da Morte

 

Nos anos 90, ele foi diagnosticado com o Mal de Alzheimer, doença que o impediu de continuar trabalhando. A partir de 1996, ele se mudou com a esposa e a filha para o Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, onde acabou morrendo em 2003 devido a uma parada cardíaca. Ele tinha 70 anos de idade. Carlos Kurt foi um dos rostos mais conhecidos dos programas humorísticos da Globo, apesar de pouca gente saber o seu nome. Felizmente, graças à tecnologia, podemos relembrar alguns momentos deste grande artista.

 

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