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50 anos após criação, orelhões da capital são usados 1 vez a cada 14 dias

Estatística, medida entre janeiro e agosto, mostra como os aparelhos caíram em desuso com os smartphones e tendem a desaparecer da paisagem da cidade

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 out 2021, 06h00

Presentes na nossa vida desde 1971, os orelhões foram criados pela arquiteta sino-brasileira Chu Ming Silveira, então chefe do Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira. A ideia da designer, falecida em 1997, era conceber uma proteção funcional e que proporcionasse privacidade aos usuários dos aparelhos de telefone públicos, até então instalados em áreas fechadas. Baratos e de fácil instalação nas ruas (são feitos de fibra de vidro ou acrílico), eles logo tomaram as cidades. Seu formato de ovo tinha um propósito: melhorar a acústica.

De duas décadas para cá (os nascidos depois disso só conhecem a vida com WhatsApp), os aparelhos foram caindo em desuso à medida que a internet e os smartphones foram tomando funções de outros sistemas de comunicação. Atualmente, São Paulo possui 6 958 telefones públicos, uma redução de 82,6% na comparação com as mais de 40 000 unidades espalhadas pela metrópole há três anos. A queda na quantidade de aparelhos reflete-se no número de utilização. De janeiro a agosto de 2021, os telefones no estado foram acionados uma vez a cada catorze dias. De todos os disponíveis, mais da metade ficou no gancho durante o período. Em locais de grande passagem, como a Rodoviária do Tietê, os telefones públicos estão lá, mas em cabines de acrílico quadradas. Desde 2018 as operadoras estão desobrigadas de instalar telefones conforme o número de habitantes da região, como era lei anteriormente. Mais uns poucos anos e os orelhões serão vistos exclusivamente em museus.

foto de orelhão vandalisado em rua deserta da cidade
Orelhão no centro: vandalismo (Alexandre Battibugli/Veja SP)

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Publicado em VEJA São Paulo de 20 de outubro de 2021, edição nº 2760

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