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‘2001 – Uma Odisseia no Espaço’ completa 50 anos

Uma obra-prima que se mantém atual

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 abr 2018, 11h47

Um dos filmes que mais dá sentido ao termo “científica”, no gênero ficção-científica, 2001 – Uma Odisséia no Espaço foi lançado no início de abril de 1968, e está completando, portanto, seu jubileu de ouro. O filme ainda é um dos mais aclamados da história do cinema, e continua atual, apesar de destoar tanto das produções modernas, pois quase não tem diálogos ou ação.

Esqueça batalhas espaciais, com grandes explosões e tiros de laser, naves com velocidades inimagináveis e seres estranhos e pegajosos. 2001 é cientificamente correto, tudo acontece muito lentamente e sem nenhum barulho no espaço, porque afinal, o som não se propaga no vácuo.

O diretor Stanley Kubrick ficou fascinado com a possibilidade de existir vida extraterrestre, e logo após a conclusão de seu filme Doutor Fantástico, em 1964, resolveu que queria fazer o filme de ficção-científica definitivo. Por indicação de amigos, ele procurou o premiado escritor de ficção-científica Arthur C. Clarke e juntos escreveram o roteiro para 2001 a partir de 1965, tendo como base o conto de Clarke The Sentinel.

 

A produção, realização e toda a herança do filme são cercadas de curiosidades. Veja algumas:

 

  • Kubrick e Clarke escreveram juntos um “tratamento” para o filme, uma espécie de resumo, dando a ideia inicial de como seria. A partir disso, ambos desenvolveram o roteiro, e Arthur Clarke escreveu um livro, que foi lançado três meses depois do filme estrear nos cinemas. O livro era um pouco diferente do filme, porque incluía ideias descartadas por Kubrick na realização do filme.

    Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick (Reprodução/Veja SP)

 

  • O computador da nave Discovery, chamado HAL 9000 é dotado de inteligência artificial, e se rebela contra a tripulação. HAL é uma óbvia alusão à gigante IBM (repare que HAL são as letras que precedem IBM no alfabeto), apesar de tanto Clarke quanto Kubrick sempre terem negado essa conexão.

    A nave Discovery (MGM/Divulgação)

 

 

  • No roteiro original, os astronautas viajavam até Saturno, mas a produtora de efeitos especiais não conseguiu criar uma imagem convincente dos anéis daquele planeta, por isso, no filme, acabaram mudando para Júpiter.

 

  • O técnico de efeitos especiais Douglas Trumbull diz que foram feitas imagens que dariam pra mais 200 filmes, mas Stanley Kubrick queimou a maioria desses negativos quando o filme foi lançado. Recentemente foram encontrados alguns minutos de material numa mina de sal.

 

 

  • Na exibição de estreia do filme, havia uma introdução de cerca de dez minutos, com entrevistas de cientistas falando sobre a possibilidade de vida fora da Terra. Esse prólogo foi retirado do filme logo após as primeiras exibições.

 

  • Carl Sagan teve importante colaboração no filme. Clarke e Kubrick perguntaram a ele como melhor mostrar uma forma de vida alienígena, ao que Sagan sugeriu que isso fosse apenas insinuado, e não mostrado. Ele foi à estreia do filme, e declarou que estava satisfeito de ter contribuído de alguma forma.

    O astrônomo Carl Sagan (Reprodução/Veja SP)

 

 

  • Após a pré-estreia, a crítica se dividiu. Uns o aclamavam como um dos maiores filmes já feitos, outros o taxavam de chato e sem criatividade.

 

  • Arthur Clarke declarou à época do lançamento do filme: “se disser que entendeu o filme, então fizemos alguma coisa errada. Nós pretendíamos deixar mais perguntas do que respostas”.

 

 

  • O escritor brasileiro de ficção-científica Jorge Luiz Calife foi quem sugeriu a Arthur C. Clarke escrever uma continuação para 2001.

    Propaganda do Cine Comodoro, que reexibiu o filme nos anos 80 (Reprodução/Veja SP)

 

  • Neste ano haverá uma exibição de 2001 Uma Odisseia no Espaço no Festival de Cannes, em cópia de 70mm. A apresentação é uma homenagem aos 50 anos do filme, e será feita pelo diretor Christopher Nolan, declarado fã da película.

 

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