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Diretor de “Tempo” fala sobre sensação de desconforto presente em seus filmes

À Vejinha, M. Night Shyamalan, de O Sexto Sentido, e ator Gael García Bernal relembram como foi filmar suspense em uma ilha durante a pandemia da Covid-19

Por Barbara Demerov
23 jul 2021, 06h00

Tudo começou com um presente. O cineasta M. Night Shyamalan, famoso por ter dirigido filmes como O Sexto Sentido, Corpo Fechado e Sinais, ganhou a história em quadrinhos Sandcastle em um Dia dos Pais. Suas filhas acharam que ele se interessaria pela trama que narra estranhos eventos que acontecem com uma família em uma praia isolada: o misterioso local faz com que as pessoas envelheçam rapidamente. Shyamalan abraçou de imediato a ideia de adaptar essa história com fortes traços de suspense, tensão e drama — elementos que sempre fizeram parte de sua carreira — e começou a escrever seu roteiro a partir do quadrinho.

Agora, o resultado desse conceito que surgiu por um acaso poderá ser visto no filme Tempo, que chega aos cinemas em 29 de julho e traz um forte elenco: de Gael García Bernal e Rufus Sewell a Vicky Krieps e Alex Wolff. Filmado na República Dominicana, a produção da Universal Pictures foi uma das primeiras a ser realizada durante a pandemia da Covid-19.

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Em entrevista à Vejinha, Shyamalan diz que a experiência foi um pouco assustadora no início, mas eventualmente todos da equipe de filmagem passaram a se sentir seguros devido ao isolamento que a ilha trazia por si só.

O ator Gael García Bernal também recorda que a oportunidade de filmar Tempo logo no início da pandemia foi uma forma de escape. “Na época tudo estava tão incerto, vários projetos sendo cancelados… Então foi uma oportunidade maravilhosa de trabalhar em um contexto libertador, pois estávamos em nossa própria bolha ali, isolados e extremamente concentrados no filme”, explica ele.

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Dois homens, pai e filho, olham para algo aterrorizante que está fora de cena
Gael García Bernal e Alex Wolff em Tempo (Universal Pictures/Divulgação)

A atmosfera densa e sombria de Tempo também trouxe uma fuga da realidade. Shyamalan diz amar a escuridão, pois somente por meio dela é possível falar sobre a luz de uma forma com a qual o público possa se identificar. “Se eu realmente provoco seus medos, ou a sensação de trauma e coisas obscuras — sobre as quais não falamos tanto — e depois conversamos sobre emoções e questões humanas, relacionamentos, acho que tudo se equilibra bem. Além disso, a sensação de desconforto é o que me atrai para encontrar novas perspectivas em meus filmes”, explica o diretor.

Tempo marca a primeira vez em que Shyamalan e Bernal colaboram juntos em um longa. Para o ator mexicano, o cineasta se tornou um pilar do cinema recente americano. “Gosto da poética em torno do que ele faz e o modo como se coloca em territórios complexos”, diz. Além disso, Bernal reforça que é sempre desafiador trabalhar em outra língua, mas que, na sua experiência no longa, isso lhe deu mais liberdade para moldar o personagem, sua maneira de falar e o que ele poderia se tornar na tela.

Do outro lado, Shyamalan destacou que Bernal é uma estrela no melhor sentido da palavra e que o mundo está mais do que pronto para ignorar a nacionalidade de um protagonista em uma grande produção. “Quando eu tenho um ator como Gael em um de meus filmes e jogo a escuridão da trama sobre ele, ele permanece fazendo escolhas que vão em direção à luz. Além disso, ele é o protagonista de um grande filme e ninguém está olhando para Gael como o ‘marido latino’. É encorajador saber que o público o vê simplesmente como um marido e um pai”, diz.

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Publicado em VEJA São Paulo de 28 de julho de 2021, edição nº 2748

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