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“Nunca negociei minha alma nem coloquei meu derrière na janela”

Fafá de Belém se joga numa descoberta introspectiva no disco 'Humana' e compartilha sua visão de mundo que garante sua esperança e gargalhada

Por Fafá de Belém
Atualizado em 30 jul 2019, 17h12 - Publicado em 28 jun 2019, 06h00

VIDA SEM PERSONAGEM

Sempre busquei manter a normalidade de sair à rua, tocar meu dia a dia. Desde o auge de Nuvem de Lágrimas, cuidei para que a minha vida fosse maior do que qualquer coisa. Nunca quis ficar refém da personagem Fafá de Belém, essa mulher faladora que é um trator. Hoje todo mundo acha que precisa ter jatinho, aí fica refém de um sistema que exige dois shows por noite. Eu preciso fazer música, não preciso disso.

DE CARA LAVADA

Tenho pouquíssima maquiagem, não uso Botox, mantenho público o que é público e privado o que é privado. Assim não me engano com as fantasias que as pessoas têm sobre mim.

FUNÇÃO DA ARTE

A música é minha companheira de toda a vida. Ela me abriu portas, me ensinou a falar de amor e a me colocar no papel de outras pessoas. Viajar no pensamento de um artista é um privilégio, e eu tive a sorte de nascer em uma família que respeitava e incentivava o contato com a arte.

ESCAPISMO SAUDÁVEL

Aos 16 anos, fui convidada para ser cantora profissional, e a carreira foi me levando. Nos anos 80, quando gravei brega, quantas facas me lançaram?! Ainda bem que sou boa de desvio. Não segui o caminho que os outros queriam que eu seguisse.

AMOR-PRÓPRIO PRIMEIRO

Nunca negociei minha alma nem coloquei meu derrière na janela. Não tenho paciência para puxar o saco de ninguém, por isso a maturidade me levou para a produção independente. Minha vida é caminhando em frente, não vou ficar parada no tempo fazendo discos requentados de sucessos. Obviamente não tenho de ir atrás de quem não me quer.

DO RISO À INTROSPECÇÃO

O disco Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso nasceu de uma celebração da sonoridade do Pará. Foi uma surpresa descobrir que ainda tinha lugar para mim no mainstream. Eu estava jogando na minha área, no meu pedaço, exaltando a alegria e o colorido. Humana veio de outro momento, de uma percepção de que o mundo deu uma cambalhota para trás.

OBSERVAÇÃO ATENTA

Vi que as pessoas estão muito divididas: se você não é da minha turma, eu sou contra. Isso começou a me angustiar muito. Eu tentava conversar por telefone e a resposta vinha por WhatsApp. Pensei: “Onde a gente se perdeu?”. Sou histriônica, porém tímida. Faço marola para o meu barquinho passar e todo mundo olhar para o outro lado. Mas percebi que era o momento de olharmos para dentro, todos nós.

UMA SAÍDA POSSÍVEL

Quero, com a música, trazer uma mensagem de esperança, sem gritaria. A gente não tem necessidade de tanto personal trainer, personal shopper… Quando as pessoas começaram a precisar de alguém que lhes dissesse como se vestir? Eu misturo listra com estampa e não sou magra como as mídias sociais ordenam.

BUSCA PELO CONTATO

Uma pororoca de pensamentos me trouxe a vontade de falar de conexão, da nossa frequência vibracional, da busca pelo alinhamento. Este é o momento de falar sem gritar.

COMO LIDAR COM PISADAS DE BOLA

O que passou tem de passar. As pessoas aprontam, mas eu perdoo. Talvez só não queira conviver de novo com elas. Perdoar tira um peso das suas costas. Desejo para todo mundo o melhor. Aos 30 anos, eu sofria muito por causa de algumas atitudes. Hoje, não mais. A maturidade traz isso.

GRATIDÃO PELO QUE FOI E VIRÁ

Ser humana é o que me faz manter a gargalhada depois de tomar uma porrada da vida e cair sentada. Tudo o que eu fiz, todas as histórias do meu baú são de uma importância fundamental. Mas é preciso se abraçar e seguir em frente. Tudo para mim é aprendizado e gratidão.

(Miro/Divulgação)

Após o sucesso de Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso, Fafá de Belém se joga numa descoberta introspectiva em Humana. Aqui, compartilha o modo como enxerga o mundo e a história dela mesma com gratidão e esperança serena, sem abandonar sua boa gargalhada.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 03 de julho de 2019, edição nº 2641.

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