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“Diversidade é patrimônio, não encargo”

"A humanidade conseguiu sobreviver até hoje com a capacidade de trabalhar junto", escreve o professor Mario Sergio Cortella

Por Mario Sergio Cortella
Atualizado em 15 jun 2020, 15h44 - Publicado em 12 jun 2020, 06h00

SOBREVIVÊNCIA COMUM

A humanidade conseguiu sobreviver até hoje com a capacidade de trabalhar junto. A ideia de “cada um por si e Deus por todos”, ou “o acaso que nos proteja”, pode ser uma possibilidade em tempos de águas mais calmas. Em tempos de tempestade, é preciso lançar mão da nossa possibilidade de colaborar.

DE MÃOS DADAS

Quando nos encontramos em impasses muito fortes, temos a necessidade de conexão. Quando precisamos pensar que ninguém larga a mão de ninguém — mas ninguém segura a mão de ninguém, pela proteção —, refletir sobre a cooperação é uma forma de ter na vida uma jornada que não seja traumática.

PARA CHEGAR MAIS LONGE

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Um ditado de alguns países da África diz: “Se quiser ir apenas rápido, vá sozinho. Mas, se quiser ir também longe, vá com alguém”. Isso vale para uma caminhada, para cozinhar, para estudar. Acompanhados, temos mais condição.

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REVERÊNCIA À VIDA

Otimismo tem a ver com gratidão à existência, ou o que eu chamo de reverência à vida. É a possibilidade de imaginar que a vida é uma dádiva, um mistério. Diante do que é complexo, mas não uma impossibilidade, há caminhos para não se deixar abater. Pessimismo é incapacidade de enxergar alternativas. Não carrego em mim essa amargura.

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A ESCOLHA DE UM CAMINHO

Não se trata de ingenuidade. Diante de dificuldades já se dizia: ou senta e chora ou levanta e enfrenta. Eu prefiro chorar caminhando e seguindo. Não abandono as lágrimas em alguns momentos, mas elas não são capazes de me sufocar. Prefiro acender uma vela a amaldiçoar a escuridão.

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COMO LIDAR COM AS ENCRENCAS

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A nossa caminhada não deixa de ter coisas que são danosas, encrencas. Se eu me puser nesse momento dizendo “está tudo bem”, “vamos viver o momento”, “é a vida”, estou sendo alienado. É necessário que a gente tome providências, que a gente se junte, que a gente não desista.

INÉDITO VIÁVEL

O que não é ainda, mas pode ser, é uma utopia. É aquilo que Paulo Freire chamava de inédito viável. Outra forma é chamá-lo de sonho. Há pessoas que entendem utopia como perda de tempo. Eu costumo dizer para quem não tem sonhos: que pena, já foi derrotado.

CHAVE É O OUTRO

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O segredo da vida, em geral, é a biodiversidade. Diversidade é patrimônio, não é encargo. É a outra pessoa que me alerta, que me faz enxergar outros olhares, especialmente a pessoa que não necessariamente concorda comigo.

APRENDER A CONVERSAR

Neutralidade é uma impossibilidade na comunicação. O que se pode buscar é a objetividade. O primeiro passo é ter clareza do que em mim pode ser preconceito. Isso ficando nítido, posso me aproximar de quem tem outros conceitos com generosidade.

ÚNICOS E ÚNICAS

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Não há ninguém como eu, ou como você, no universo. Cada um é único ou única. Mas atenção: eu sou único, mas não sou o único. Tal como sou, outras pessoas o são. Se queremos caminhar juntas e juntos, temos de lidar exatamente com essa diversidade.

(Tomas Arthuzzi/Divulgação)

Mario Sergio Cortella (@cortellaoficial) é professor, escritor e filósofo. Acaba de lançar pelo selo Littera, da editora 3DEA, o livro A Diversidade. É convidado do episódio Aprendendo a Ser Humano do podcast Jornada da Calma.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 17 de junho de 2020, edição nº 2691.

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