Com medo de entalar na poltrona do avião, fotógrafa emagrece 38 quilos
“Olá, estou aqui para contar minha história, compartilhar algumas experiências e dar uma força para quem precisa de um UP. Muito Prazer, sou Priscila Fernandes, uma catarinense de Itajaí perdida na “Terra da Garoa”. Fotógrafa, publicitária, e atleta de academia por definição própria. Luto com a balança há mais de 20 anos. Perdi e venci […]
“Olá, estou aqui para contar minha história, compartilhar algumas experiências e dar uma força para quem precisa de um UP. Muito Prazer, sou Priscila Fernandes, uma catarinense de Itajaí perdida na “Terra da Garoa”. Fotógrafa, publicitária, e atleta de academia por definição própria. Luto com a balança há mais de 20 anos. Perdi e venci muitas batalhas, tornei a perder, venci, tropecei, cai, levantei, tornei a cair e vivi minha pior fase aos quase 110 kg. Há mais de dois anos tenho vivido experiências loucas, até que um dia levantei disposta a mudar e tenho conquistado algumas das melhores vitórias da minha vida.
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Aos 25 anos vim a São Paulo para ficar uns três meses e já se passaram mais de quatro anos. Depois da mudança, tudo desabou. Eu estava cansada de tantas dietas e tudo que envolvia emagrecer. Só que, desta vez, estava longe da minha mãe e, sem medo de desapontá-la, decidi que seria gorda. Ser gorda, isso é muito forte, mas foi bem assim que pensei. O tempo foi passando e o que eu tinha decidido foi se concretizando sem controle.
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Até que a poltrona do avião ficou apertada, ficou difícil passar na catraca do ônibus e brotou um medo enorme de sentar em cadeiras plásticas. Eu não me gostava mais nas fotos que sempre amei tanto… O dia a dia começou a ficar desagradável, difícil e, às vezes, humilhante. Me vi desmotivada pelas coisas que mais gostava. Isolada numa espécie de depressão. Então, descobri que não dava para ser feliz daquele jeito, que na verdade as pessoas se aceitam e se acomodam diante a situação.
Cogitei me entregar à cirurgia bariátrica já que nada, até então, resolvia meu problema para sempre. Pensei, pensei e decidi me dar mais uma última chance. Depois da virada de 2012 para 2013 quando fui para o Rio Grande do Sul passar o Réveillon na casa da minha amiga Mari, tirei férias prolongadas, viajei, reencontrei amigos, fiquei com a família, recarreguei as energias e busquei todas as forças que precisava. Em fevereiro, voltei para São Paulo encarei a balança e lá estavam 109,3 kg. Números que anotei no meu espelho e estão ali até hoje para que eu não esqueça onde sai.
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Com fé, pedi que Deus me ajudasse. Transformei meu desespero em forças e fui atrás do meu objetivo. Comecei uma reeducação alimentar por conta própria com o conhecimento que tinha pelas experiências vividas até então. Instalei um despertador para lembrar de comer de três em três horas. Procurei uma academia mais perto possível, mas a academia que escolhi ainda iria inaugurar então comecei com caminhadas. Eu era tão pesada que meus brotaram calos feios e doloridos nos meus pés.
No começo, fui muito disciplinada. Eu me exercitava todos os dias da semana, parei de comer toda e qualquer coisa que não me ajudaria a emagrecer, deixei de comer fora e abandonei a vida social por um longo tempo.
Dez meses depois, voltei ao Rio Grande na casa da Mari, no Réveillon de 2013 para 2014 com 77 kg, já eram menos 32 kg. Foi assustador quando me viram. Mesmo sabendo da mudança, é inexplicável ver a reação das pessoas. Meu estômago era o próprio despertador, eu tinha vida social novamente e foi uma delícia.
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Mais um tempo se passou e com menos 38 kg fui procurada pela editora da Revista Shape. Como um “troféu”, saí na edição de junho de 2014, na seção “De bem com a vida”. Pensar na repercussão me dava medo, mas por fim aceitei. Foi louco! Nunca imaginei algo assim!
Hoje vivo uma nova fase, mais foco nos treinos de musculação com orientação profissional adequada, e normalmente faço menos aulas. Meus objetivos vão além de emagrecer e melhorar minha saúde, quero diminuir o percentual de gordura, melhorar a definição muscular e fortalecer meu corpo como um todo. Percebi que apenas fazendo o que aprendi a vida inteira e considerava adequado em relação à alimentação fui ficando estagnada, então também tenho acompanhamento nutricional.
Pra chegar até aqui precisei aprender a ser egoísta, dizer não, pensar mais em mim, ser muito disciplinada, corajosa, ousada e planejar todos os meus dias. Planejamento é essencial pra não sair da linha. Recebi muito apoio das pessoas que me amam (tenho um amor pra chamar de meu, mas é assunto pra depois), conheci pessoas maravilhosas com o mesmo propósito, passaram a fazer parte dessa história e da minha vida. Uma certeza eu tenho, decidi começar sozinha, mas não seguirei da mesma forma. Falta pouco e agora eu sou muito mais feliz.
Espero que tenham gostado e que de alguma forma eu tenha inspirado alguém. Se quiserem acompanhar um pouquinho da minha rotina, vocês me encontram no instagram (pri_kk).”
Adoramos Pri.
Em tempo: pra me seguir no Instragram, acesse @canseidesergorda_
Temos uma página no FB: Cansei de Ser Gorda.
Pra me contar sua história, escreva: chrismartinez@butiquedeletras.com.br
Um beijo, até mais.