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“Soror”: reflexão feminista ganhou ares de comédia

A peça, escrita por Luisa Micheletti e dirigida por Caco Ciocler, toma um caminho provavelmente imprevisto e, por isso, garante certo interesse do público

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 25 abr 2019, 16h14 - Publicado em 25 abr 2019, 16h14

Provavelmente não era o objetivo inicial, mas a salvação do interesse em torno de Soror, peça escrita por Luisa Micheletti e dirigida por Caco Ciocler, é uma transição gradativa do drama para a comédia. O argumento proposto carrega considerável ambição ao recorrer a dois mitos, Lilith e Eva, para elaborar um tratado sobre a evolução feminista na sociedade. Lilith (interpretada por Luisa), o primeiro exemplar do sexo feminino segundo o Gênesis, impõe suas vontades e deixa bastante descontente o companheiro Adão (papel de Geraldo Rodrigues).

O rapaz, um tanto mimado, queixa-se ao seu pai (o ator Daniel Infantini), ninguém menos que Deus. O todo-poderoso, que comanda o mundo como a uma grande corporação, trata de criar Eva (representada por Fernanda Nobre), moldada para ser bela e submissa. Tudo começa bem para Adão, até a improvável aproximação entre Lilith e Eva mostrar para o machista que ninguém segura quando duas mulheres se dão as mãos.

Caco Ciocler concebeu uma encenação que, em alguns momentos, lembra um programa de auditório, e Infantini constrói com ironia a personalidade de um Deus palestrante. Geraldo Rodrigues, por sua vez, investe em uma caricatura quase óbvia, sustentada por pouco tempo.

Resta a Luisa e Fernanda carregar nas costas a mensagem séria, e a dupla começa disposta a endossar o teor feminista. Elas não conseguem sustentar o argumento durante muito tempo e, por vezes, protagonizam um autodeboche imprevisto e bem-vindo (80min). 18 anos. Estreou em 5/4/2019.

+ Teatro do Sesc Ipiranga. Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga. Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 30,00. Até 5/5/2019.

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