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“Refúgio”: Alexandre Dal Farra encontra a realidade no absurdo

O drama, cartaz do Sesc Bom Retiro, representa um avanço na obra do autor também por parecer, à primeira vista, distante da sua objetividade característica

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 4 jul 2018, 16h53 - Publicado em 4 jul 2018, 16h51

A realidade sempre inspirou o dramaturgo e diretor Alexandre Dal Farra. Entre seus trabalhos significativos estão Mateus, 10, sobre um pastor que questiona as palavras pregadas, e a trilogia Abnegação, em torno dos conflitos estabelecidos dentro do PT rumo ao poder. É justamente também por parecer, à primeira vista, tão distante dessa objetividade que o drama Refúgio representa um avanço na obra do autor.

+ Leia sobre o monólogo O Monstro, com Genézio de Barros.

Na trama, um casal (representado por Marat Descartes e Fabiana Gugli) começa a ter o cotidiano afetado por notícias inexplicáveis. Um amigo some, é tido como morto e, depois, visto em um supermercado. Os telefones de repente ficam mudos, uma tia decide vender um imóvel sem razão aparente e o dinheiro de um dos dois desaparece da conta bancária.

+ “Odisseia”: viagem turbulenta.

Dal Farra valeu-se de elementos do teatro do absurdo e da obra do irlandês Samuel Beckett para escrever diálogos calcados nessa corrente, como forma de sacudir o espectador diante do incompreensível. Com exceção da personagem da enérgica Fabiana, aqueles representados por Descartes, André Capuano, Clayton Mariano e Carla Zanini agem como se vivessem uma normalidade, de modo apático e quase anestesiados.

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Da mesma maneira que a peça Insones, cartaz do Sesc Pinheiros, Refúgio é um oportuno retrato de um momento desprovido de perspectivas e no qual, para alguns, a alienação se torna a melhor proteção (80min). 14 anos. Estreou em 22/6/2018.

+ “Insones” e a angústia contemporânea. 

+ Teatro do Sesc Bom Retiro. Alameda Nothmann, 185, Bom Retiro. Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 30,00. Até o dia 29.

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