“Meu Destino É Ser Star, ao Som de Lulu Santos”: sessão da tarde das boas
A despretensão é a grande aliada do musical que cria uma dramaturgia para explorar quarenta sucessos do cantor e compositor carioca
Um grande problema no teatro é o excesso de ambição. Tratando-se dos musicais, então, o programa pode beirar a tragédia porque, além de tudo, são longuíssimos. Assim, a despretensão é a grande aliada de Meu Destino É Ser Star, ao Som de Lulu Santos, espetáculo de Diego De Angeli, Leandro Muniz e do diretor Renato Rocha, que cria uma dramaturgia para explorar quarenta sucessos do cantor e compositor carioca.
+ “Tom na Fazenda” e no celeiro dos vilões.
O foco são os bastidores do teatro musical e os sonhos de quem espera se tornar um ídolo. Helga Nemetik e Victor Maia interpretam uma diretora e um coreógrafo em meio às audições de uma montagem. Os candidatos não escapam dos clichês. Há a mais famosa (Myra Ruiz) e seu marido (Gabriel Falcão), a menina ambiciosa (Marina Palha), o garoto (Mateus Ribeiro) dividido entre uma colega (Carol Botelho) e o coreógrafo, além da cantora (Jéssica Ellen) que volta do exterior depois de uma experiência fracassada. Para embalar os conflitos de cada um deles, Como uma Onda, Toda Forma de Amor, Casa, Certas Coisas, Tempos Modernos, e por aí vai…
+ Maria Padilha em “Diários do Abismo”.
Nenhuma trama ganha profundidade e algumas, inclusive, pecam pela superficialidade, como a do possível adultério. O elenco talentoso e afinado, com destaque para Ribeiro, Jéssica e Falcão, segura as pontas e protagoniza um espetáculo tão gostoso de ver como um filme vespertino da televisão (180min). 12 anos. Estreou em 15/3/2019.
+ Teatro Shopping Frei Caneca. Shopping Frei Caneca. Sexta, 20h; sábado, 16h e 20h; domingo, 19h. R$ 50,00 a R$ 150,00. Até 14 de abril.