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Cultura & Lazer

As lágrimas de “Fedra” equilibram Roberto Alvim

Com estética e linguagem conhecidas do público, o encenador abre espaço para exploração maior do potencial dos atores

Por Dirceu Alves Jr.
15 Maio 2018, 13h12

Juliana Galdino e Christian Malheiros (Edson Kumasaka/Divulgação)

Encenador dos mais potentes, Roberto Alvim dá sequência, nesta adaptação de Fedra, a uma renovação do próprio estilo de direção. Com uma estética e linguagem agora conhecidas do público, Alvim abre espaço para uma exploração maior do potencial de seus atores, como foi verificado em Kiev (2017).

Na tragédia, escrita por Jean Racine em 1677 com base em Eurípides, a personagem-título (representada por Juliana Galdino) nutre um amor secreto pelo enteado, Hipólito (papel de Christian Malheiros). Ao saber da morte do marido, o rei Teseu (o ator Luis Fernando Pasquarelli), a madrasta revela o sentimento ao rapaz, e os dois são desafiados por uma reviravolta do destino.

+ “A Noite de 16 de Janeiro” e o tribunal de Jô Soares.

Juliana, sempre precisa na técnica, surpreende com uma performance humanizada, quase emotiva, enquanto Malheiros desponta como uma grata revelação. Os demais atores, Caio D’Aguilar, Nathalia Manocchio, Luiz Otávio Vizzon, Victoria Reis e Pasquarelli, também marcam presença em um belo exemplo de equilíbrio alcançado pela maturidade de Alvim (60min). 16 anos. Estreou em 4/5/2018.

+ Teatro do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, Pompeia. Quinta a sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 30,00. Até domingo (27).