“A Saga Musical de Cecília…” e nossas Cinderelas desajustadas
Localizado na Rua Ana Cintra, o Galpão do Folias há 12 anos cravou espaço ali, próximo ao Largo de Santa Cecília e praticamente debaixo do Minhocão. O ponto degradado, no entanto, nunca serviu de empecilho para o Grupo Folias cativar o público. Foi justamente na história de Santa Cecília, padroeira dos músicos e do bairro […]
Localizado na Rua Ana Cintra, o Galpão do Folias há 12 anos cravou espaço ali, próximo ao Largo de Santa Cecília e praticamente debaixo do Minhocão. O ponto degradado, no entanto, nunca serviu de empecilho para o Grupo Folias cativar o público. Foi justamente na história de Santa Cecília, padroeira dos músicos e do bairro paulistano, que o ator e dramaturgo Carlos Francisco inspirou-se para criar em clima de fábula pop “A Saga Musical de Cecília…”. As atrizes Patricia Barros, Nani de Oliveira, Débora Raquel e Suzana Aragão revezam-se no papel de uma mulher que reconstrói sua biografia em uma São Paulo hostil e repleta de contradições. Seu nome… Cecília, claro. Sob a direção cênica de Danilo Grangheia e musical de Bruno Perillo, elas, como Cinderelas desajustadas, contam e cantam alegrias, dramas, amores e situações de violência apropriando-se de músicas imortalizadas por Tom Jobim, Cazuza, Chico Buarque e Carlos Gardel, entre outros. Todas executadas ao vivo. Sem o glamour normalmente atribuído ao gênero, o espetáculo transita entre o teatro de revista e o clima de cabaré, valorizando a mensagem e também a provocação social. Como, aliás, é característico do Folias.
https://vejasp.abril.com.br/teatro/a-saga-musical-de-cecilia