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“70? Década do Divino Maravilhoso” é documentário para família brasileira

O espetáculo parte do teatro de revista, apresenta abordagem inevitável da ditadura militar, mas liberdade sexual e desbunde das drogas são só insinuados

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 11 abr 2019, 16h13 - Publicado em 11 abr 2019, 16h10

O saudosismo não sai de moda e virou uma febre em qualquer idade. Depois de homenagearem a jovem guarda, o diretor Frederico Reder e o dramaturgo Marcos Nauer tratam da diversidade do período compreendido entre 1970 e 1979. O espetáculo 70? Década do Divino Maravilhoso — Doc. Musical não deixa de ser um avanço em relação à fraca produção anterior, protagonizada por Wanderléa.

A linha segue a mesma, com centenas de projeções que repassam cronologicamente os fatos culturais, comportamentais, sociais e políticos, embaladas por 250 canções igualmente icônicas. As glórias do futebol, a explosão da nata da MPB, a consolidação das telenovelas, o milagre econômico, a repressão militar e os ecos da anistia estão representados, como em um almanaque. Desta vez, porém, talvez pela natureza mais crítica e pela inevitável abordagem da ditadura, o espetáculo esboça uma dramaturgia mais costurada e assume ares de teatro de revista.

O público, claro, sente-se contagiado, e os criadores evitam polêmicas. 70? Década do Divino Maravilhoso é um espetáculo para a família brasileira, e falar de política já é suficiente. A liberdade sexual e o desbunde das drogas são só insinuados.

As entradas da cantora Baby do Brasil e das remanescentes do conjunto As Frenéticas, Dhu Moraes, Leiloca Neves e Sandra Pêra, não soam deslocadas como as inserções de Wanderléa na montagem anterior. Pelo contrário, parecem um show dentro do gran­de show.

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Baby, com seu vozeirão, ataca de Brasileirinho, Menino do Rio e Aquarela do Brasil. Menos dotadas vocalmente, Dhu, Leiloca e Sandra contam causos, brincam com a plateia e esbanjam naturalidade ao trazer à tona Perigosa, Somos as Tais Frenéticas e a indefectível Dancin’ Days. O mesmo não acontece com o restante do elenco, que, na busca da densidade emocional, chega a tornar fria a releitura de clássicos como Vapor Barato, Gota d’Água e Explode Coração (180min, com intervalo). 14 anos. Estreou em 16/3/2019.

+ Theatro Net. Shopping Vila Olímpia. Quinta e sexta, 20h30; sábado, 17h e 21h; domingo, 17h. R$ 75,00 a R$ 220,00. Até 30 de junho.

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