(Foto: Cultura Images/Latinstock)

É até lugar-comum dizer que São Paulo é a cidade da correria. O dia inteiro a gente fica para lá e para cá, enfrentando trânsito, manifestações, problemas, brigando contra o tempo para dar conta de tudo… Mas começo a notar, com grande satisfação, que São Paulo está se tornando também a cidade da corrida. Ontem à noite, por exemplo, eu estava no Parque do Povo e mesmo com o tempo seco que anda fazendo – longe de ser a condição ideal –, mesmo com todas as dificuldades que as pessoas têm para sair e treinar, o local estava cheio.

Vejo esse movimento da corrida crescer igualmente pelas ruas da capital. Tempos atrás, o cara que resolvia encarar o asfalto e as calçadas para praticar seu esporte era chamado de louco. Hoje a cena é cada vez mais comum, não só no já tradicional circuito da Avenida Sumaré, como em vários outros lugares, como acontece nas grandes cidades americanas.

Aqui não temos tantos parques e áreas apropriadas como em Chicago e Nova York, assim como não temos tantos motoristas que entendem e respeitam o corredor pelas ruas, mas estamos abrindo caminhos! Isso tudo tem acontecido graças à força de vontade do cidadão e a seu envolvimento com o esporte.

Cada vez mais pessoas descobrem que é melhor correr pelas ruas ou em um parque à beira da Marginal Pinheiros abarrotada de carros do que se conformar em trabalhar até tarde e se entregar ao sedentarismo. O paulistano está mudando. Está dando um jeito de encaixar a corrida em sua correria diária. O corredor hoje movimenta a paisagem, que maravilha!

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