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Estudante diz ter sido maltratada em feira de adoção de Luisa Mell

Interessada afirma ter sido descartada do processo para levar um cão de raça para casa por questões financeiras; Luisa Mell respondeu às acusações

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 25 mar 2019, 15h59 - Publicado em 25 mar 2019, 15h28

Após o resgate de 1 700 cachorros de um canil irregular na cidade de Piedade, no interior do estado, no mês passado, o Instituto Luisa Mell anda fazendo feiras de adoção com esses pets. Na quinta (21) e na sexta (22), a ONG conduziu entrevistas, de praxe em seu trabalho, com pessoas interessadas em adotar algum desses peludos. A ideia é saber se as famílias estão aptas a levar um cachorro para casa. Por se tratar de bichos de raça, a procura foi bastante grande.

As 400 senhas distribuídas nesses dois dias no MorumbiShopping, endereço da feira, se esgotaram em pouco tempo e o pessoal precisou esperar até nove horas para garantir um encontro com algum dos voluntários.

A estudante Isabela Dutra foi uma das que conseguiu uma senha. Porém, a garota publicou uma reclamação em seu Facebook na última sexta (22) sobre a situação que passou na data. Ela conta que chegou ao centro de compras às 13h30 e que havia mais de 100 pessoas esperando. Foi atendida apenas às 22h. O bate-papo demorou 40 minutos.

Após ser aprovada, Isabela explica que esperou ainda em outra fila. Ali, começou a ficar preocupada sobre voltar para casa depois da meia-noite, por falta de transporte público. Procurou, então, uma voluntária para explicar a situação. A moça lhe aconselhou a pegar um carro particular.

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Eu disse que não tinha cartão ou dinheiro naquele momento para pegar um Uber, já que gastei tudo que eu tinha no lanche. E ela me solta, ‘se você não tem dinheiro para pagar um Uber, como vai ter condições de criar um cachorro? Porque um remédio para carrapatos é 100 reais e a ração, 200 reais’“, escreveu Isabela. “Fiquei completamente pasma.”

A partir daí, deu-se uma confusão. Os voluntários teriam questionado a falta de dinheiro da estudante, que reclama ter sido maltratada, mesmo após começar a chorar. “Conclusão, fui aprovada na entrevista e por causa de um Uber me barraram. Desdenharam das minhas condições financeiras e do meu emocional, fizeram eu esperar até 0h para no fim me humilhar e me tratar como se fosse um lixo“, relatou.

Confira o depoimento completo, que tem mais de 10 000 reações nas redes sociais:

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Em entrevista ao blog, Luisa Mell afirma que vai procurar saber o que aconteceu para que isso não se repita. “Gostaria de pedir desculpas, se ela se sentiu maltratada. Sempre oriento a equipe a lidar com todos com respeito“, diz. “Mesmo que a pessoa não esteja apta à adoção, não pode passar por isso.”

“Vale dizer que a condição financeira é importante para algumas raças. O pug, por exemplo, é um cão que tem muita doença, dá mais gastos“, afirma. “Eu faço esse trabalho para ajudar animais que só conheceram a maldade humana, que precisam de mais atenção. Faço isso por eles, não pelos humanos. O processo de seleção precisa ser mesmo rigoroso. Tem gente que quer o cachorro só por status. O objetivo é encontrar os melhores donos.”

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Nesta feira, foram adotados 127 cachorros. Apenas quatro deles eram vira-latas – no caso dos sem raça definida, não era preciso pegar fila para a entrevista de doação.

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