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Colunas do Minhocão ganham retratos gigantes

Projeto da artista gaúcha Raquel Brust vai decorar quinze colunas do Elevado Presidente João Goulart

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 dez 2019, 14h30 - Publicado em 5 dez 2019, 17h44

O Minhocão está virando um “álbum” de fotografias gigantes, no trecho da Rua Jaguaribe até pouco depois do cruzamento da Amaral Gurgel com a Major Sertório. Isso porque a artista Raquel Brust desenvolve por lá o projeto Giganto, que, nessa edição, conta com 29 retratos de a3 metros de largura e 6 de altura. Os trabalhos são colados em quinze colunas do Elevado Presidente João Goulart. À exceção de uma pilastra, na fronteira com a estação Amaral Gurgel, todas as outras estruturas contarão com imagens nas duas faces. A previsão para finalização da arte é 17 de dezembro.

A iniciativa da gaúcha Raquel nasceu em 2008, dois anos depois dela chegar à capital paulistana. “De alguma forma, foi uma resposta do sentimento que a cidade me gerava. A estrutura do Minhocão me parecia agressiva. As pessoas, um tanto blindadas”, explica. No mesmo trecho no qual trabalha hoje, já fez em 2013 outra leva de lambe-lambes (nome dessa técnica, que pertence à street art). Sua intenção continua a mesma: “Esses retratos agigantam a visibilidade de pessoas comuns.”

https://www.instagram.com/p/B5q6dF2Hr0N/

Uma diferença entre as duas edições do projeto na Rua Amaral Gurgel é o tema que o norteia. Se no passado Raquel olhou para os moradores da região do Minhocão, agora, ela explora a questão da diversidade, trazendo personagens de diferentes orientações sexuais, raças e credos, a exemplo da drag queen Rita Von Honty e do ativista indígena Davi Karai Popygua. “Não importa o espaço pelo qual você circula, temos algo em comum. É preciso ir além da tolerância, que é permitir o outro existir, precisamos de acolhimento”, afirma.

O processo de produção vai muito além da colagens dos trabalhos. Primeiro, ela mapeia os lugares onde vai fazer a intervenção. Depois, tira as medidas de cada um dos suportes que receberão as obras. Com os retratos produzidos, segue para o Photoshop, onde os amplia ao máximo, com cuidado especial em relação à granulação. A impressão das imagens não é inteiriça e cada um dos personagens se mostra um conjunto de fragmentos que, a depender da superfície, demora mais ou menos três horas para ganhar corpo. “Enquanto eu falo com você, um senhor está aqui (no Minhocão) clicando uma das imagens do projeto. Me interessa isso, a fotografia que estimula novas fotografias”, finaliza a artista.

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