Releituras sobre a imagem de Jesus voltam a provocar polêmica
Discussão foi reacendida depois do desfile da escola de samba Mangueira no domingo (23)
O anúncio da Viradouro como vencedora do Grupo Especial do Rio de Janeiro ontem (26) não aplacou a discussão sobre outra escola de samba: a Mangueira. No domingo (23), desfilaram na avenida releituras sobre a figura de Jesus que incluíram uma faceta funkeira, apresentada na comissão de frente, e uma representação feminina, feita pela rainha da bateria Evelyn Bastos. No Twitter e no Facebook, os comentários polarizados falavam de blasfêmia e exaltação do cristão como defensor da população vítima de violência.
Em São Paulo, debate de intensidade semelhante aconteceu durante a Parada LGBT de 2015. No evento daquele ano, a atriz Viviany Beleboni fez uma releitura da figura de Jesus para denunciar à homofobia. O protesto provocou críticas e um mês depois, em julho, a gaúcha disse ter sido agredida. Um grupo de jovens puxaram seu cabelo e desferiram socos contra ela, além de a atingirem com um objeto cortante. “Se era isso que vocês, inimigos, queriam, vocês conseguiram. Não sei se ele estava com com um lâmina ou um canivete. Apesar de ser uma mulher, nasci homem. Tenho força de um, por isso consegui apartar”, disse ela à época, à VEJA SÃO PAULO.