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Por Arnaldo Lorençato
O editor-sênior Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Paçoquita X Nutella: qual é a melhor?

Era um fim de tarde. Meu colega, o editor Daniel Bergamasco, encostou em minha mesa com uma expressão divertidamente marota. Tinha nas mãos uma sacola de supermercado e foi logo disparando: “Você topa fazer um teste?” Os risos vieram logo depois. + Receita: cheesecake de Nutella + Restaurante francês com cozinha de bistrô faz refeição […]

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Atualizado em 26 fev 2017, 21h11 - Publicado em 18 ago 2014, 20h53
Duelo de gigantes do açúcar: quem é melhor?

Duelo de gigantes do açúcar: qual será a vitoriosa (Arte: Rafael Fujiwara)

Era um fim de tarde. Meu colega, o editor Daniel Bergamasco, encostou em minha mesa com uma expressão divertidamente marota. Tinha nas mãos uma sacola de supermercado e foi logo disparando: “Você topa fazer um teste?” Os risos vieram logo depois.

+ Receita: cheesecake de Nutella

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A proposta, indecentemente calórica, era provar o doce industrializado da vez: a tal Paçoquita cremosa e em pote, não a manjada paçoquinha embalada em quadradinhos. Como nunca fujo do confronto – culinário, ok? – topei na hora. Do outro lado do ringue estava outro produto que faz muuuito sucesso entre os paulistanos: a Nutella. A ideia de comparar duas pastas diferentes vem exatamente do fato de terem se tornado moda na cidade, uma de fabricação nacional mais recente, a outra uma velha italianinha, hit nas mesas e receitas paulistanas desde a abertura das importações.

Em teste: Paçoquita, feita em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo (Fotos: Mario Rodrigues)

Em teste: Paçoquita, feita em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo (Fotos: Mario Rodrigues)

Qual levaria a nocaute o meu paladar: o novidadeiro creme de amendoim produzido em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, ou a pasta de avelã com cacau surgida na Itália em 1940, uma criação do italiano Pietro Ferrero?

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A prova foi feita em flashs do fotógrafo Mario Rodrigues, que ilustram esta nota. Trancado em uma sala provei os dois doces com a ajuda de grissinis de sabor neutro. Calma, calma. O resultado conto já, já.

Na prova: Nutella, o creme de avelãs surgido na Itália para o café da manhã da crianças

Na prova: Nutella, o creme de avelãs surgido na Itália para o café da manhã da crianças

Vamos às características das duas combatentes. Falamos aqui de duas modelos GG quando o assunto é gordura e açúcar. Feitas originalmente como cremes para passar no pão no café da manhã da criançada, ambas agradam também adultos que não se importam com o volume extra na cintura.

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Nesse quesito, há quase um empate. A Nutella tem 108 calorias contra as 114 da Paçoquita.

As coisas complicam quando se fala em sabor. É nessa hora que a Nutella leva a oponente à lona. Adoro amendoim, mas a Paçoquita não tem gosto apenas do frutinho que dá embaixo da terra. Não é preciso uma quantidade grande para sentir que o efeito da gordura permanece na boca longamente. É tal gordura vegetal fracionada mais uma dose de óleo de amendoim, como revela o rótulo (lido somente depois do teste). Nem precisava.

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Outra coisa difícil de engolir na Paçoquita: lembra a Nutella de anos atrás. Ou seja, é uma pasta meio durona. Tanto que a indicação do fabricante é conservá-la fora da geladeira “para manter a cremosidade do produto”.  A Nutella traz a mesma recomendação.

Feita com óleo de palma (não se iluda: é algo realmente gordo), a Nutella tem uma textura lisa e uniforme. Diz o rótulo que o cacau em pó é parcialmente desengordurado. Depois de experimentar, fica apenas o sabor da avelã com chocolate.

Veredito: a Nutella é a campeã.

Nutella: a vencedora

Nutella: a vencedora

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Resta saber agora se a Paçoquita, que está causando tanto alvoroço, virará queridinha dos chefs ávidos por novidades. Quem sabe virão tortas, brigadeiros e outras guloseimas com a tal Paçoquita. Quem viver não apenas verá. Engordará com elas.

Clique e veja o combate na galeria de fotos:

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PS: o teste me deu saudade do pé de moleque de Piranguinho, cidade do sul de Minas. Embora os mineiros insistam em chamar o doce de pé de moleque, para nós de São Paulo é um maravilhosa paçoca feita de amendoim pilado com rapadura. O melhor deles é encontrado na Barraca Vermelha, pioneira em fazer o doce por lá, uma tradição que vem desde 1936. Se viajar aquela região mineira, passe por Piranguinho e comprove.

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