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Por Arnaldo Lorençato
O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Hideko Honma expõe cerâmicas utilitárias no Japão

Em algumas horas, a ceramista Hideko Honma estará embarcando para o Extremo Oriente. Depois de passar por cidades chinesas, ela segue para Tóquio. A convite da embaixada do Brasil, a artesã, como ela mesma se define, fará a primeira exposição de suas peças utilitárias no Japão. + Passeio pelo Eataly em fotos inéditas + Eataly: […]

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 fev 2017, 11h52 - Publicado em 11 nov 2012, 16h38

A ceramista: primeira mostra no Japão (Foto: Araquém Alcântara)

Em algumas horas, a ceramista Hideko Honma estará embarcando para o Extremo Oriente. Depois de passar por cidades chinesas, ela segue para Tóquio. A convite da embaixada do Brasil, a artesã, como ela mesma se define, fará a primeira exposição de suas peças utilitárias no Japão.

+ Passeio pelo Eataly em fotos inéditas
+ Eataly: um tour em vídeo

A mostra intitulada “Hideko Honma – Brasil a 1.300º C”, ocupará a sala Manabu Mabe e será aberta em 28 de novembro. Estarão em exibição cerca de 330 peças de formas e tamanhos variados, que pesam quase meia tonelada. São pratos, tigelas, potes e travessas entre outros objetos. Muitos deles são encontrados em restaurantes de São Paulo, como o Momotaro e o La Brasserie Erick Jacquin.

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Hideko, que estudou a arte da cerâmica na cidade japonesa de Arita e dedica-se também ao aulas em seu ateliê, normalmente usa cinzas de plantas para preparar o esmalte usado para colorir suas peças. Para a mostra, ela criou utilitários especiais , ainda inéditos por aqui. São xícaras coloridas com cinzas de galhos e folhas de podas do cafezal da Fazenda Tozan, em Campinas, e cujo proprietário, Toto Iwasaki, é um dos grandes incentivadores do trabalho da ceramista.

Veja a entrevista que fiz com ela por telefone:

Como surgiu o convite para expor no Japão?

Há algum tempo, existe um namoro da Embaixada do Brasil comigo para expor as minhas peças. Mas o tsumani acabou atrasando minha mostra. Nesse intervalo, surgiu um trabalho novo com cinzas de podas do cafezal da Fazenda Tozan, em Campinas. São três podas anuais e essa vegetação toda torna-se compostagem, usada para fertilizar a plantação. Conversando com o dono da fazenda, o senhor Iwasaki, tivemos a ideia de experimentar esse material para colorir minhas peças. Foi ótimo porque vivo experimentando diferentes tipos de vegetação, porque cada um deles dá um tipo de coloração. Apresentei esse novo projeto aos representantes consulares, que ficaram bastante surpresos e entusiasmados com a ideia de mostrar algo que tivesse a ver com o café. Entendi que poderia aproveitar melhor esse tema. Acentuei minha pesquisa com o café.

Além das xícaras, qual outra peça especias está levando para a mostra?

Sempre quis fazer quer uma peça mais alta, mas o problema é não se consegue enxergar o interior. Só se fosse vidro que tem transparência, é translúcido. A partir desse desejo, comecei a fazer objetos vazados para que as pessoas pudessem ver o interior [podem ser usados como centro de mesa ou mesmo como fruteiras]. Gosto muito que as pessoas olhem através dos buracos porque a parte exterior da peça é áspera, mais grosseira em contraste com o interior que tem o brilho do esmalte.

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Utilitário vazado: furos permitem ver o interior da peça (Foto: divulgação)

Onde produz suas peças?

As queimas são feitas em meu sítio, em Jarinu, junto a uma plantação de uvas. Lá, as peças são produzidas em escala. A criação e o desenvolvimento dos novos modelos, faço aqui em São Paulo, no meu ateliê, em Moema.

Desde quando a cerâmica faz parte de sua vida?

Ingressei na área em 1992, mas tornei ceramista há quinze anos. Sinto que estou em uma fase boa, amadurecida. Antes disso, era professora de estética e história da arte. Dava aula na Faculdade Santa Marcelina. Como formação, fiz mestrado em história da arte na USP. Embora não seja artista, mas ceramista, artesã, houve um evento recente que me deixou muito contente. Participei pela primeira vez do leilão anual de pratos do Museu Lasar Segall. Minha peça estava entre as de artistas que admiro como Antonio Dias e Tunga. E não é que meu prato alcançou o terceiro valor mais alto entre os leiloados? Deu o maior orgulho.

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Quais restaurantes encomendam seus utilitários?

Minha cerâmica está em estabelecimentos como La Brasserie Erick Jacquin, Momotaro, Clos de Tapas, Na Cozinha e Amadeus. A Bella [Masano, chef do Amadeus] tem um jeito especial de trabalhar com minhas peças. E pela primeira vez, a Helena Rizzo, do Maní, me encomendou pratos especiais para massa

Veja uma galeria com fotos das peças:

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