Henrique Fogaça vai encarar competidor do MasterChef neste domingo (28)
Marcus tem ataque de sincericídio que renderá muitos comentários em noite que traz ainda petiscos para músicos da Sinfônica Municipal e pratos dos chefs
Nada de cozinha-estúdio na primeira prova do MasterChef Brasil deste domingo (28) e também uma novidade: um competidor vai se encarar Henrique Fogaça e despejar algumas verdades. Mas essa encrenca, conto mais adiante.
Nesta noite, rola a segunda disputa externa da temporada. Se na anterior, os participantes tiveram de alimentar o maior número de pessoas da competição até hoje: eram 400 boquinhas femininas interessadas em provar espetinho grego numa arena de futebol, na disputa inicial deste domingo (28) o cenário será a Praça das Artes, no centro de São Paulo.
Nesse “complexo cultural dedicado à música, dança, ao teatro e exposições”, como define o site da instituição, sede das escolas de Dança e da Municipal de Música, além de abrigar grupos artísticos da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, será preparado um menu para 80 músicos da Orquestra Sinfônica Municipal e seu regente, o maestro Roberto Minczuk. Cada equipe com 8 componentes deverá fazer, a partir de comidas de rua do Brasil, três variedades de belisquetes ou finger foods como serão chamados durante o programa pelos jurados Paola Carosella (Arturito e La Guapa Empanadas), Erick Jacquin (Le Bife) e Henrique Fogaça (Sal Gastronomia e Cão Véio).
Será uma prova com muita treta, que só se encerra com o para tudo – lembrando que não virá de Ana Paula Padrão que não estará acompanhado os bastidores da cozinha.
As encrencas brotarão desde a divisão dos grupos, uma vez que cada capitão terá decidir com quem não quer trabalhar. Com esse tempero da intriga, o caos se instalará entre os competidores que irão trocar farpas o tempo todo. Os confrontos começarão na escolha do menu com todo mundo querendo bancar o capitão da equipe. Haverá muita reclamação – um povo muito bocudo.
Certamente, a bagunça não vai ajudar na produção da comida e mais vez haverá a dúvida se as equipes serão capazes de entregar todos os pratos. No caso, os petiscos – um deles corre sério risco de não dar certo.
Na volta ao estúdio, haverá uma eliminação em três rounds – gosto muito desse estilo de embate, que traz ainda mais agilidade ao programa. Os juradões vão apresentar três receitas que são suas assinaturas.
A disputa começa com a empanada desenvolvida por Paola Carosella para a rede La Guapa, certamente as melhores de São Paulo – ainda que eu tenha uma queda grande pelas ótimas versões feitas no restaurante de carnes Martín Fierro.
Paola que anda ardida como pimenta jiquitaia vai exigir massa perfeita e recheio úmido. E também aqueles tostados escuros, mas não queimados, que tanto acrescentam em sabor.
A etapa seguinte será de Erick Jacquin com uma pedida inescapável: o petit gâteau. O doce de chocolate começou a fazer sucesso no Brasil depois que o chef francês a preparou no extinto restaurante Le Coq Hardy.
De lá para cá, foi copiada em todo canto, mas provar a original é sempre melhor. Os cozinheiros amadores precisarão saber o ponto ser certo para o chocolate quente escorrer do bolinho, que não pode virar uma massa dura. Na linha, o-pavor-dos-amadores.
Por último, será vez de preparar uma das sobremesas que Henrique Fogaça faz no Sal Gastronomia, o suflê de goiabada – que tem um concorrente direto em São Paulo, a receita de Carla Pernambuco, no Carlota. Da última vez que provei na matriz de Higienópolis, o doce vinha desenhado como uma escultura. Estava bonitão na foto. É preciso saber o ponto para o suflê não murchar…
Nem as preciosas dicas dos chefs vão resolver os problemas que irão pintar ao longo das três etapas. É preciso conhecimentos técnicos muito diferentes para elaborar cada uma das receitas. E, para piorar, há dois doces, que sempre causam mal-estar.
Mais uma vez o mezanino voltará a interferir bastante, com algumas pessoas tentando ajudar seus camaradas e atrapalhando muito os demais. O falatório geral acaba por tirar os jurados do sério. E um deles vai desafiar a trupe do camarote superior “quer descer e cozinhar com os outros competidores?”. Mas ninguém quer se arriscar.
Nessa noite, haverá ainda um contratempo. O competidor Marcus irá convocar Fogaça para uma conversa olho no olho, algo inédito no reality. Ele quer passar a limpo seu relacionamento com o jurado. Como diz uma amiga da crítica gastronômica, é um daqueles ataques de sincericídio de assustar e ótimo de evitar.
Fogaça autorizará o candidato a por a boca no trombone. Ainda não está claro se Marcus partirá para o embate motivado por conflitos ou se fará uma declaração de amor ao trabalho desenvolvido pelo chef.
Na exclusão, restarão dois candidatos que já estão entre os preferidos do público – será mesmo que os espectadores já têm favoritos? Como é inevitável, um deles parte para se juntar Rosana, que deixou o programa na semana passada.
Prepare-se para ver cenas fortes de sofrimento entre os 15 restantes, muito abalados com o eliminado da noite. Haverá um chororô sem fim…
Só leia essa atualização se não se incomodar com spoiler:
Como eu já imaginava, o Marcus foi só elogios a Fogaça. Isso quando ao saber que seria eliminado. Recapitulando, o competidor ficou no paredão culinário junto com Renan, mas não conseguir fazer o melhor suflê de goiabada. Se juntou ao time formado por Carlos Augusto, Imaculada e Rosana. Já são quatro os despachados nessa temporada do MasterChef. Mas tem repescagem pela frente. Um deles deve voltar.
Conheça os participantes:
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Caderno de receitas:
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