Em mudança: bistrô deve reabrir até o fim de junho com nova proposta (Fotos: acervo pessoal)

Embora tenha a mesma matriz, o Marcel, no Jardim Paulista, e o Le Bistrot Marcel, no Brooklin, são restaurantes com proprietários e estilos diferentes. Antes de contar o que acontecerá com o Le Bistrot Marcel, tema desta nota, vamos a um pouco de história.

+ Sessenta anos de Marcel

O Marcel original foi aberto em 1955 no centro da cidade, na então charmosa Rua Epitácio Pessoa – hoje uma via decadente como tantas outras nessa região da cidade. Seu fundador, o francês Marcel Aurières, transformou o lugar em um sucesso. Fala-se aqui de uma linhagem de empresários franceses da gastronomia. Aurières era irmão de outro restaurateur famoso, o Freddy, cujo restaurante existe até hoje, mas há décadas nas mãos de outros donos.

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Marcel Aurières resolveu passar o negócio adiante em 1969. Um dos compradores era Jean Durand, que cinco anos depois se associou aos suíços Ambroise Meirand Zufferey e Max Keller. O trio transferiu a casa francesa para outros endereços e, mais tarde, acabou desmontando a sociedade. Hoje, o Marcel “original” é justamente esse que fica no Jardim Paulista e tem cozinha de Raphael Durand Despirite, neto de Jean Durand e não do fundador Aurières.

Detalhe do antigo salão: estilo retrô

Em 2006, a filial do Brooklin ficou com Zufferey, que a transformou em Le Bistrot Marcel. Hoje, o restaurante, instalado no térreo de um flat em uma ruazinha sem saída conectada à Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, é tocado pelos filhos do empresário, Claudia e Gabriel. São os irmãos que estão implementando as mudanças no bistrô neste momento.

Quando for reaberta no fim deste mês de junho, a casa terá muitas novidades. Além das receitas à la carte, entre elas o famoso suflê, oferecerá um self-service com clássicos franceses. “Criamos uma área para a montagem de um bufê com tradicionais paneladas francesas, que funcionará durante a semana no almoço”, adianta Claudia. Os clientes encontrarão os cozidos ou “paneladas” como o cassoulet, tripe à la mode de Caen e boeuf bourguignon, além de outras receitas tradicionais, caso do steak tartare. “Teremos até suflê, mas que virá direto da cozinha”, diz Gabriel. A principal atração do cardápio também poderá ser pedida nesse almoço executivo, cujo preço será fixado em 38 reais sem a sobremesa.

“Eu e meu irmão Gabriel idealizamos todo o projeto e estamos tocando a obra, que consiste na renovação completa da cozinha e equipamentos, com destaque para um forno de alta temperatura (450°) projetado exclusivamente para elaboração de suflês”, explica Claudia. As transformações atingiram também o salão do Bistrot Marcel, que terá janelas maiores, das quais se avistará um novo jardim. Com a repaginação, a restauratrice explica que terá maior entrada de luz natural durante o dia, assim como uma atmosfera mais aconchegante no jantar.

A partir de 15 de junho,  o Bistrot Marcel deve começar a operar o almoço. O jantar volta apenas no fim de junho ou início de julho.

A conferir.

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