O Amor Segundo B. Schianberg
- Direção: Beto Brant
- Duração: 80 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Brasil
- Ano: 2009
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Paulista de Jundiaí,
Beto Brant prometia no início de carreira dialogar
com o público através de fitas, digamos, mais comerciais,
como Matadores (1997) e Ação entre
Amigos (1998). Mas depois do sucesso de O Invasor
(2002), o cineasta tem se voltado a trabalhos
cada vez mais herméticos. Esse drama seria
o ápice de seu “cinema-cabeça”, um
filme experimental que pretende misturar
ficção e realidade num jogo de
cena interessante, mas muito enfadonho.
Já exibido como minissérie na
TV Cultura em 2009, foi enxugado
para chegar ao cinema. São apenas
duas pessoas no elenco e, na maior parte
do tempo, um único apartamento como cenário.
A intenção de Brant é mostrar como se desenvolve
a conturbada relação entre a videoartista
Gala (Marina Previato) e o ator Felix (Gustavo
Machado). Entre quatro paredes e uma transa e
outra, o casal discute a relação. Além de muito
blá-blá-blá, o realizador exagera na forma despojada
de filmar. Gravado em digital, traz fotografia
bastante granulada e problemas de áudio. O título
vem do personagem Benjamin Schianberg, saído
de um livro de Marçal Aquino. Estreou em 12/2/2010.