Filha Distante
- Direção: Carlos Sorín
- Duração: 77 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Argentina
- Ano: 2012
Resenha por Tiago Faria
Não é preciso saber muitos detalhes sobre o cinquentão Marco Tucci (interpretado por Alejandro Awada) para entender por que esse homem decidiu fazer uma viagem de carro de Buenos Aires para Puerto Deseado, na Patagônia. Na estrada, em uma conversa rápida com um treinador de boxe num posto de gasolina, a explicação essencial: após um longo tratamento para se livrar do alcoolismo, ele quer pescar tubarões e rever a filha. Simples assim. A partir desse perfil minúsculo, o diretor argentino Carlos Sorín (de O Cachorro, uma joia) narra uma crônica sobre um personagem que, depois de quebrar a cara, está pronto para dar a volta por cima e retomar contato com o mundo. Mas alguém se importaria com ele? Em pouco mais de uma hora de duração, o realizador opta por uma objetividade quase documental para mostrar as decepções e as vitórias acumuladas nos poucos dias de uma viagem de férias. Não à toa, uma das fitas de Sorín ganhou o título Histórias Mínimas: mais uma vez, o encanto surge de conflitos cotidianos e, ao mesmo tempo, universais. Estreou em 28/8/2014.