Ervas Daninhas
- Direção: Alain Resnais
- Duração: 104 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: França/Itália
- Ano: 2009
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Dono do cinema Reserva Cultural e da distribuidora
de filmes Imovision, o francês Jean Thomas Bernardini
declarou em recente entrevista a VEJA SÃO PAULO que seu
conterrâneo Alain Resnais é um diretor pé-quente entre os
cinéfilos paulistanos. É provável que o empresário tenha tomado
como exemplo Medos Privados em Lugares Públicos, fita
dirigida por Resnais em 2006 e há quase dois anos e meio em
cartaz na cidade. A comédia dramática Ervas Daninhas, o mais
recente trabalho do cineasta, chega às telas para dividir
opiniões. Com um roteiro feito de altos e baixos, não consegue
entusiasmar tanto quanto Medos Privados… Mesmo assim
se sai bem por carregar a marca, o talento e a experiência
de Resnais, hoje com 87 anos de idade e
cinquenta de carreira.
A trama flagra dois protagonistas que só se encontram depois
de uma hora de película. Dentista, solteira e louca por sapatos da
grife Marc Jacobs, a cinquentona Marguerite (Sabine Azéma,
musa e mulher de Resnais) é assaltada ao sair de uma loja.
Sua carteira de documentos vai parar casualmente nas mãos
de Georges (André Dussollier), sessentão casado e com dois
filhos adultos. Depois de muitos ensaios para chegar até a vítima,
por quem se sentiu atraído depois de ver fotos dela, Georges
deixa o imbróglio aos cuidados da polícia — na figura do
dispensável personagem do ator Mathieu Amalric. Georges e
Marguerite vão passar a história inteira entre encontros e
despedidas, tapas e beijos. Estreou em 25/12/2009.