Camille Claudel, 1915
- Direção: Bruno Dumont
- Duração: 95 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: França
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Não espere de Camille Claudel, 1915 o mesmo esquema de biografia de Camille Claudel, estrelado por Isabelle Adjani, em 1988. Nesse drama intimista, o diretor Bruno Dumont (de A Humanidade) está mais interessado em mostrar a personalidade frágil da protagonista e retratar a convivência dela com doentes mentais verdadeiras (há cinco delas entre as atrizes). Pela façanha, a corajosa atuação de Juliette Binoche não tem preço. A trama concentra-se em 1915, quando a escultora estava internada num hospício. Ela chegou lá dois anos antes forçada pela família. Motivo: depois de ser amante do artista Auguste Rodin, ficou uma década reclusa em seu ateliê de Paris. Em registro seco, inspirado em correspondências dela e do irmão, o escritor Paul Claudel (Jean-Luc Vincent), o filme pode ser analisado como um estudo de uma pessoa em depressão numa época em que distúrbios da mente eram tratados como insanidade. Estreou em 9/8/2013.