A Religiosa

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Em 1966, Jacques Rivette fez uma adaptação do livro homônimo de Denis Diderot (1713-1784). O cineasta Guillaume Nicloux comanda esta nova versão, que não choca tanto quanto na década de 60, mas ainda traz provocações. Ambientada na França do século XVIII, a história enfoca o drama de Suzanne Simonin (Pauline Etienne), de 16 anos, obrigada pelos pais a virar freira. A garota, embora religiosa, não se sente confortável em viver para servir a Deus. Rebela-se no convento e, por isso, passa a ser humilhada pela madre superiora, Christine (Louise Bourgoin), que a faz de serviçal e a coloca em situações degradantes. Suzanne consegue ajuda para sair de lá e encontra abrigo em outra casa de noviças, liderada por uma madre (Isabelle Huppert) com atração, às vezes descontrolada, por garotas. Em narrativa correta e dinâmica, o roteiro alinha-se à crítica do escritor: por que impor às mulheres os votos religiosos se elas desejavam apenas a liberdade? Estreou em 6/9/2013.

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