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Mais de 50 cães ficam sem lar após donos morrerem de Covid no interior

Com a morte do marido e mulher que moravam sozinhos em Rio Claro, a casa alugada em que os cachorros vivem terá de ser devolvida ao proprietário

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 abr 2021, 16h15 - Publicado em 17 abr 2021, 14h32

Mais de 50 cãezinhos estão à procura de um lar após o casal que cuidava deles ter morrido de Covid-19, em Rio Claro, no interior de São Paulo. Com a morte do marido e mulher que moravam sozinhos, a casa alugada em que os cachorros vivem terá de ser devolvida ao proprietário até o dia 10 de maio próximo. As informações são do jornal Estadão.

Um grupo de voluntários se mobilizou e lançou uma campanha para a adoção dos animais. O total de cães era de 68 quando seus cuidadores morreram, mas 15 já foram adotados. O grupo canino começou a ser formado há alguns anos por uma mulher conhecida como “dona Rita”, que tinha afeição pelos animais e levava para casa os cães que encontrava abandonados nas ruas do Jardim Independência, onde fica o imóvel.

Ela e o marido se desdobravam para manter os cães cuidados e alimentados. No final de março, o casal contraiu o coronavírus. Os dois foram internados e não resistiram ao agravamento da doença. Uma filha deles passou a cuidar dos cachorros, mas também contraiu a doença e precisou entrar em quarentena.

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Um grupo de protetores voluntários se mobilizou pelas redes sociais e, no último dia 10, após o período de quarentena da casa, assumiu os cuidados. “Dona Rita era uma pessoa simples, mais cuidava bem dos seus cachorros, pois eles estavam gordinhos. Infelizmente, o coração era maior que a razão e ela acabou com esse número exagerado de cães”, disse a voluntária Giselle Pfeifer, defensora da causa animal. Segundo ela, o desafio inicial foi conseguir alimentos e cuidados veterinários para o plantel. “Iniciamos uma campanha e ganhamos muita ração e produtos de limpeza.”

O grupo também fez uma vaquinha para pagar o aluguel do imóvel do mês de abril, que ficou pendente com a morte do casal. Com a adesão de três veterinários, foram colhidas amostras de sangue e realizados exames. “Vimos que muitos estão com a doença do carrapato e a gente já iniciou o tratamento.”

O foco, agora, é conseguir mais adoções. “A gente entrevista os interessados durante a semana e faz a entrega no sábado para as pessoas consideradas aptas”, conta.

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Neste sábado (17), quatro cãezinhos devem ser levados pelos seus novos donos. Giselle lembra que não é um processo tão simples. “Postamos as fotos em rede social e tem gente que liga perguntando se já pode ir buscar o animal. Aí explicamos que fazemos adoção responsável e perguntamos se a pessoa já tem cachorro, se está vacinado, se já foi castrado e pedimos até uma foto do portão da casa onde ele vai ficar para avaliar o risco de escape. Para sair com seu novo amiguinho, o adotante precisa assinar um termo de adoção. Muita gente desiste, mas é assim que funciona.”

Além do cãozinho, os adotantes levarão também a medicação para os próximos dias. “Vamos dar um suporte, inclusive com a vacina”, disse a protetora. Como falta menos de um mês para a entrega do imóvel, os voluntários estão aceitando também a oferta de lares temporários para os cães. “Aceitamos de bom grado se as pessoas quiserem assumir a guarda de algum cãozinho até que ele seja adotado em definitivo”, disse.

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