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Ator pornô preso tinha ajuda de mulher, amante porteiro e irmão

João Bosco marcava encontros por aplicativo e dopava vítimas; médico teve prejuízo de 30 000 reais

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 29 out 2020, 22h48 - Publicado em 29 out 2020, 20h00

João Bosco Rodrigues Junior foi preso no dia 23 em um motel na Zona Oeste da capital paulista. Ator pornô, conhecido pelo nome artístico Rodrigo XXX, era investigado desde maio após uma vítima relatar que foi dopada e roubada em um encontro com o rapaz. De acordo com a investigação da Polícia Civil, ele atuava junto com o irmão e tinha ajuda da esposa e de um porteiro na prática dos crimes. O último foi preso na noite de quarta-feira (28) e os outros dois seguem foragidos.

João marcava encontros em um aplicativo de namoro online com homens que aparentassem ter uma boa condição econômica. A investigação aponta que ele atuava em cinco estados: SP, MG, SC, RJ e AM. Na capital paulista, costumava aplicar golpes na região dos Jardins. O primeiro caso foi denunciado por um médico, em maio. “A vítima marcou um encontro e depois levou o Bosco para o flat. Chegando lá, João falou que tinha que pagar uma dívida para uma pessoa que estava na rua e pediu ao homem que autorizasse [o indivíduo] a subir”, afirma a delegada titular do 78º DP, Zuleika Gonzalez.

O credor fictício era Jemison Portela dos Santos, irmão de João. Em uma máquina de cartão, a dupla simulou que o pagamento não se concretizava, então o ator pediu ao médico que quitasse o valor. “Nesse momento eles pegavam a senha do cartão da vítima”, diz.

“[Depois] eles obrigavam a vítima a ingerir a substância conhecida como Boa Noite Cinderela. Subtraíram 30 000 reais da conta dele. Roubaram celular, dinheiro, correntes…”, afirma Zuleika. Outros dois casos parecidos foram confirmados. João confessou os crimes durante depoimento na segunda-feira (26).

A polícia expediu mandado de prisão para a esposa de João, Eloísa Cristina da Silva Barros, que está grávida de 7 meses. “Contas bancárias dela estavam vinculadas às máquinas de débito e crédito utilizadas nos crime”, diz a delegada. 

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Outro investigado é Elísio de Jesus Ferreira, preso na noite de quarta. Ele era porteiro em um pequeno hotel na Rua Guaianases, no centro, onde João e o irmão costumavam se hospedar. Segundo a Polícia, ele era proprietário das máquinas de cartão utilizadas no crime. “O porteiro afirmou também que tinha um relacionamento amoroso há três anos com ele. O que foi confirmado por João”.

Até o momento três pessoas relataram terem sido alvo do rapaz e de seu irmão. “Estamos recebendo vários telefonemas. Acreditamos que nos próximos dias devem aparecer mais vítimas”, diz Zuleika.

A esposa, Eloísa, estava com João no momento da prisão, em um motel na Avenida Antártica, Barra Funda, mas o envolvimento da mulher ainda não tinha sido comprovado.

“Ele vivia de hotel barato em hotel barato. O objetivo era juntar dinheiro para fugir para a Europa, falou isso em depoimento”, comenta a delegada. A Vejinha tenta contato com a defesa dos acusados.

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