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Carreata pede por paz entre Armênia e Azerbaijão neste final de semana

"Nosso movimento é por paz e estabilidade, para que as mortes parem", explica o bispo Nareg Berberian

Por Alice Padilha
Atualizado em 25 out 2020, 10h25 - Publicado em 25 out 2020, 10h09

A Carreata pela Paz na Armênia e Artsakh ocorre nesse domingo (25), às 16h. O evento pede pelo fim da guerra entre Armênia e Azerbaijão, duas ex-repúblicas soviéticas, motivada pela disputa da região de Artsakh (antiga República do Nagorno-Karabakh), localizada na fronteira entre as nações. Os manifestantes também pedem pelo reconhecimento do território como república independente. São esperados aproximadamente 500 carros, que farão um percurso de 90 minutos que começa e termina na Praça Charles Miller, mas deve passar também por pontos como Avenida Paulista, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Avenida Pedro Álvares Cabral.

Os conflitos em Artsakh se iniciaram em 27 de setembro e vêm se acirrando desde então. O enclave é reconhecido como parte de Azerbaijão, mas sua população é majoritariamente armênia. “Durante a Guerra Fria, Josef Stalin cedeu o território para Azerbaijão arbitrariamente, mas a população sempre foi armênia”, conta Nerses Yeginerian, um dos organizadores do evento. Um cessar-fogo foi assinado em 1994, mas o conflito nunca foi resolvido de fato. “Nós queremos que nossas vozes sejam ouvidas. Não apenas no Brasil, mas no mundo. Nosso movimento é por paz e estabilidade, para que as mortes parem”, explica o bispo Nareg Berberian, da Diocese da Igreja Apostólica Armênia no Brasil. 

Aproximadamente 100 mil imigrantes armênios vivem no Brasil atualmente, e pelo menos 80% deles moram em São Paulo. Esse movimento foi motivado pelo genocídio de 1915, que ocorreu no contexto da Primeira Guerra Mundial, quando 1,5 milhão de armênios foram mortos pelo governo otomano. A comunidade imigrante, em grande parte, se concentra na zona norte da cidade e atua principalmente no comércio calçadista (as marcas Netshoes e World Tennis são exemplos) e na construção civil. “Nós temos duas igrejas no estado, uma na capital e outra em Osasco. Também temos clubes, conselhos e vários outros negócios aqui. Nós nos consideramos brasileiros, essa é a nossa casa, que nos acolheu após o genocídio. Nosso maior medo, no entanto, é que a história se repita”, conclui o bispo.

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