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Trans, ator da Malhação 2019 fala sobre mudança de gênero

Benjamin Damini relembrou infância, relacionamentos amorosos e revelou situações que enfrentou antes da transição

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 set 2020, 19h58

Martinha em Malhação – Toda Forma de Amar, Benjamin Damini fez um post nas redes sociais falando sobre sua transição de gênero. O ator, que antes da transição se chamava Beatriz, relembrou sua infância, afirmou que sempre se viu como homem e relatou dificuldades com as mudanças fisiológicas do corpo feminino.

“Eu sou uma menina, mas eu não me sinto menina. Não sei nem ser menina. Aos 12, comecei com as explosões de agressividade com a minha família e com qualquer colega na escola que me chamava de Maria-Macho”, desabafou.

“Quando meus seios começaram a se desenvolver e eu não podia mais brincar na praia sem a parte de cima do biquíni eu chorei. Aos 9 quando eu menstruei eu também chorei. Foram choros intermitentes que só cessaram depois de dias”. Damini afirma que teve depressão aos 14 anos de idade.

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Para #Martinha: Tu é tão diferente de mim, e isso por vezes me assusta, me pego pensando as vezes por que, dentre tantas outras, tu me escolheu. Acho que nunca vou ter a resposta, né? Porque talvez essa seja mais uma das coisas da vida que não se explicam, só se vivem. Tua alma me vestiu tão bem! E cada dia que passa tu me ensina algo novo. Aqui quero registrar minha promessa de te viver profundamente. Prometo ser fiel a tua essência, sem te julgar ou desrespeitar. Prometo dar tudo que consigo pra te mostrar exatamente como você é, com todas as suas complexidades e seus desafios internos. A ti me empresto completa pra essa nova temporada de Malhação. VEM #malhacaotodaformadeamar Créditos: Estevam Avellar/Globo

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O artista relembrou sua vida amorosa antes da transição e relatou que seus relacionamentos também sofreram com a transição. “Aos 16 arrumei um namorado. Antônio. Antônio não é o nome dele de verdade. Tipo Beatriz. Eu controlava até as roupas que o Antônio usava. Troca esse shorts porque não tá combinando com a blusa, Antônio. Aliás, não gosto dessa blusa, deixa eu escolher outra. Tadinho do antônio. Antônio foi uma das algumas vítimas das minhas projeções de gênero inconscientes”, relembra.

O ator fez também um pedido. “Eu sou transexual e pra você que está lendo isso, apenas deve significar que meu nome de verdade é Benjamin e desejo ser tratado no masculino. Eu sou transexual, e nem por isso eu nasci no corpo errado ou odeio minha genitália ou não me amo como sou”. Confira o post:

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22 de setembro de 2020 12:02 benjamin quer te contar uma história. ele sou eu. nessa foto eu tinha 3 anos. aos 3 eu acreditava ter nascido no corpo errado e por muitos anos rezei antes de dormir pra acordar no dia seguinte no corpo certo, no corpo de um menino. aos 4 convenci meus amigos da escola de que eu era um menino disfarçado de menina, mas ninguém além deles poderia saber. aos 7 quando meus seios começaram a se desenvolver e eu não podia mais brincar na praia sem a parte de cima do biquini eu chorei. aos 9 quando eu menstruei eu também chorei. foram choros intermitentes que só cessaram depois de dias. porque eu nasci fêmea toda fêmea tem que ser menina. foi isso que sempre me disseram. então quem sabe seja isso mesmo. eu sou uma menina e pra sempre vou ser. mas eu não me sinto menina. não sei nem ser menina. não interessa. aprende. é assim que vai ser. enxuga essas lágrimas. engole esse choro. engole tudo o que te diferencia das outras meninas. engoli. comprei sutiã. sou uma menina. aos 12 comecei com as explosões de agressividade com a minha família e com qualquer colega na escola que me chamava de maria-macho. aos 13 escrevi uma história de um menino chamado benjamin que sentia demais. aos 14 veio a primeira depressão. terapia. remédios. aos 16 arrumei um namorado. antônio. antônio não é o nome dele de verdade. tipo beatriz. eu controlava até as roupas que o antônio usava. troca esse shorts porque não tá combinando com a blusa, antônio. aliás, não gosto dessa blusa, deixa eu escolher outra. tadinho do antônio. antônio foi uma das algumas vítimas das minhas projeções de gênero inconscientes. a verdade é que eu queria poder usar as roupas que o antônio usava. e eu até podia. mas tinha medo. aos 18 comecei a namorar ana. ana não é o nome dela de verdade. tipo beatriz. mas por 21 anos esse nome fez muito sentido. atriz. era isso que eu era. atriz de mim. quando ana terminou comigo eu percebi que eu não sabia quem eu era de fato. fui buscar. (continua nos comentários)

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