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Vacinação em Serrana faz despencar em 95% as mortes por Covid-19

O estudo, coordenado pelo Instituto Butantan, mostrou quedas significativas também nos índices de contaminação e internações

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 Maio 2021, 15h42

Os resultados do ‘Projeto S‘, estudo na cidade de Serrana coordenado pelo Instituto Butantan para verificar a efetividade da vacinação para o controle da pandemia, foram divulgados nesta segunda-feira (31) em evento com o governador João Doria (PSDB) e o diretor da instituição, Dimas Covas. Com a vacinação de 95% dos habitantes acima de 18 anos na cidade com a CoronaVac, a pesquisa científica mostrou quedas significativas nos números da pandemia: 95% em mortes, 86% de internações e 80% em casos sintomáticos de Covid-19.

“O estudo indica também que, com 75% da população-alvo imunizada com as duas doses da vacina CoronaVac, a pandemia foi controlada em Serrana e isso pode se reproduzir em todo o Brasil”, afirmou Doria. “Os resultados demonstram de forma categórica o que poderia estar acontecendo no Brasil inteiro, não fosse o atraso na vacinação. Demonstra também que só existe um caminho para controlar a pandemia: vacina, vacina e vacina para todos os brasileiros”, concluiu.

A pesquisa ocorreu entre fevereiro e abril. A redução dos indicadores da pandemia em Serrana foi constatada com a comparação dos dados registrados antes e depois da imunização completa, com duas doses, de 27 mil moradores com mais de 18 anos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação.

A pesquisa mostrou que a vacinação protege tanto os adultos vacinados quanto crianças e adolescentes que não receberam a vacina. A população total de Serrana é estimada em torno de 45 mil pessoas e foi possível perceber que houve a formação de um cinturão imunológico na cidade, com redução drástica da transmissão do coronavírus até entre as pessoas não vacinadas.

A forte queda na incidência da Covid-19 em Serrana também é comprovada quando a comparamos com as cidades vizinhas, como Ribeirão Preto, grande centro que recebe o trânsito diário de 10 mil pessoas vindas do município que recebeu a imunização em massa. A cidade alcançou o controle da pandemia enquanto a região em que ela se encontra apresenta alta de casos da doença.

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“A vacina do Butantan é segura, eficaz, eficiente, de altíssima qualidade e contribui para prevenir o desenvolvimento da doença, complicações e óbitos entre os infectados. Agora também sabemos que ela provoca efeito benéfico em uma população inteira, protegendo tanto os vacinados quanto os não vacinados e reduzindo a circulação viral de forma expressiva”, afirmou Dimas Covas.

Segundo Ricardo Palacios, diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, a pesquisa mostrou que é possível controlar a pandemia com aproximadamente três quartos da população vacinada. “O resultado mais importante foi entender que podemos controlar a pandemia mesmo sem vacinar toda a população. Quando atingida a cobertura de 70% a 75%, a queda na incidência foi percebida até no grupo que ainda não tinha completado o esquema vacinal”, afirmou, enquanto mostrava os resultados detalhados no evento.

Palacios ainda afirma que a pesquisa confirmou o efeito indireto da vacinação, já que foi possível comprovar a proteção de populações não imunizadas, como crianças e adolescentes. “A redução de casos em pessoas que não receberam a vacina indica a queda da circulação do vírus. Isso reforça a vacinação como uma medida de saúde pública, e não somente individual”, disse.

Os detalhes da pesquisa podem ser conferidos aqui.

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