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Doulas estão autorizadas em hospitais municipais

Projeto de lei da vereadora Juliana Cardoso foi sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) na sexta (23)

Por Helena Galante Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
24 dez 2016, 09h44

O prefeito de São  Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou na última sexta, 23, o projeto da vereadora Juliana Cardoso (PT) que libera a presença de doulas em maternidades e estabelecimentos de saúde da rede municipal e em hospitais privados, desde que contratados pela prefeitura. A nova lei proíbe que tais equipamentos obriguem a gestante a escolher entre a doula e seu acompanhante na hora do parto e prevê a oferta de um curso de capacitação pela prefeitura.

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O Renascimento do Parto: documentário abordou a importância do parto humanizado (Divulgação)

Doula é o termo dado a mulheres que dão suporte físico e emocional a gestantes antes, durante e após o parto, sem a realização de procedimentos médicos. “Costumo dizer que nosso trabalho é da cintura para cima. A gente paparica, leva para o banho, dá um abraço, um carinho, um copo d’água”, explica Fermina Silva Lopes, 65.

Voluntária na zona leste da capital paulista, Fermina espera que a lei facilite o desempenho da função e, ao mesmo tempo, ajude a reduzir os casos de discriminação contra gestantes pobres, especialmente as mais jovens. “Ainda vamos continuar enfrentando problemas. Ainda vão tentar nos barrar, mas agora teremos a lei debaixo do braço”, diz.

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Secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha diz que cerca de 25% das mulheres que dão à luz na rede pública relatam algum tipo de violência. “Nós já ampliamos de 60% para 72% o índice de partos realizados com a presença de enfermeiros e obstetrizes. A doula é uma personagem a mais para garantir que o parto seja de fato humanizado”, afirma.

Dia da Gestante - Grávida
Gestante poderá contar com o acompanhamento desde o início do trabalho de parto ()

Válida para o período de trabalho de parto, parto e pós-parto, bem como nas consultas e exames de pré-natal, a lei deve ajudar a respaldar o serviço. É o que acredita a psicóloga e doula Ana Paula Machado, 34, que cobra de R$ 150,00 a R$ 1 500,00 por gestante. “Agora, vou ter mais chamados, acredito, e deixar de ser barrada na porta dos hospitais públicos. Hoje, faço todo o acompanhamento e na hora do parto fico de fora.”

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