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Padres pop: Juarez de Castro

O pregador e cantor tem como marca registrada chamar os fiéis de “benhê"

Por Claudia Jordão [colaborou Jéssika Torrezan]
Atualizado em 5 dez 2016, 17h07 - Publicado em 2 jun 2012, 00h51

Na adolescência, Juarez de Castro gostava de fazer filmes caseiros que eram exibidos em praça pública num vilarejo próximo à cidade mineira de Lavras, onde nasceu e morava com a família. “Meu irmão ganhou uma filmadora e eu era sempre o protagonista”, conta ele, primo em segundo grau do ator Selton Mello. Anos depois, por linhas tortas, seu destino acabou por transformá-lo em popstar da fé, com programas em rádio, TV e cinco discos — o mais vendido, com 250.000 cópias, bateu o último álbum do sertanejo Michel Teló, lançado em 2011. A chance apareceu logo após a ordenação, quando Juarez se mudou para São Paulo, se tornou um dos padres do Santuário São Judas Tadeu e conheceu por lá profissionais da Rede Vida, emissora católica com estúdio em Perdizes.
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Desenvolto e bem-apessoado, foi convidado a apresentar seu primeiro programa em 1996. Dez anos mais tarde, surgiu o convite para gravar o CD “Deus Está Aqui”, no qual hits religiosos como “Louvado Seja o Meu Senhor” ganhavam batida eletrônica. Apesar do apoio do então cardeal-arcebispo dom Claudio Hummes, ele não estava certo do caminho a ser tomado, e conta que pediu a Deus um sinal para que insistisse na vocação midiática. “Pouco tempo depois, tive essa confirmação: o trabalho foi indicado ao Grammy Latino.” Hoje, seu empresário concentra esforços na internet: o site oficial, que inclui link para um fã-clube, recebe 70.000 acessos mensais.

Mario Rodrigues

Juarez em missa nos Jardins: cinco discos lançados

Presença fixa na Paróquia Assunção de Nossa Senhora, nos Jardins, Juarez tem como marca registrada chamar os fiéis de “benhê”. Quando não está ali, desdobra-se em shows por todo o Brasil, nos quais canta músicas como “Luz Divina”, de Roberto Carlos, e “Tente Outra Vez”, de Raul Seixas. Entre os que o conhecem, já se tornou piada seu notório medo de elevador. “Estou melhorando, mas continuo com terror de altura. Viajar de avião para mim é um martírio”, confessa ele, que mora em um apartamento alugado bem próximo da igreja onde trabalha, mantido com os seus rendimentos, que incluem os cachês de shows. Com a fama, veio o assédio feminino, mas ele afirma que “são raras as cantadas com falta de respeito”. E desconversa: “É só não alimentar expectativas”.
No início, sofreu para seguir a vocação. O pai, ex-prefeito de sua cidade natal, que tinha boas relações com o futuro presidente eleito Tancredo Neves, não aceitava a escolha. Por isso, aos 18 anos, Juarez circulava de mãos fechadas em casa, para esconder feridas adquiridas em atividades do seminário, como cortar lenha. “Meu pai sonhava em me ver médico, e minha mãe entrou em depressão quando parti”, lembra ele. “Eu não queria que eles tivessem motivo para me chamar de volta.”
FICHA» Missa: Paróquia Assunção de Nossa Senhora, na Alameda Lorena, 665, Jardim Paulista. Segunda e quarta, às 8h, e domingo, às 11h30.» CD: o mais recente é “Luz Divina”, de 2011. Somados outros quatro títulos, já vendeu mais de 600.000 cópias.
» Show: de quatro a cinco por mês, com cachê médio de 15.000 reais (ele fica com 15% do valor).» Livros: já lançou três, com mais de 450.000 cópias vendidas.» TV: participa de programas em quatro emissoras, entre eles “Rosário da Vida”, na Rede Vida (segunda a sexta, às 12h), e “Viver a Vida Vale a Pena”, na Rede TV! (domingo, às 6h30).
» Rádio: apresenta Mensagem de Fé e Esperança, na Nativa FM (diariamente, às 5h55), comanda atrações na Capital AM e colabora com outras dezoito rádios pelo país.» Internet: o site www. padrejuarez.com.br tem 70.000 acessos mensais, e sua página do Facebook foi curtida mais de 14.000 vezes.

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