Continua após publicidade

Casal revive paixão do passado em “Um Dia”

Riqueza está nas entrelinhas do drama romântico, que não é uma daquelas manjadas histórias de Hollywood

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h34 - Publicado em 2 dez 2011, 23h50

Um dos mais festejados autores da cena literária britânica, o roteirista inglês David Nicholls fez de seu terceiro livro um best-seller. A fórmula simples, porém original, do romance “Um Dia chamou a atenção de produtores e virou um longa-metragem com uma dupla de protagonistas fofos. Mas não se trata daquelas manjadas histórias que Hollywood despeja nos cinemas para comover facilmente as plateias. A riqueza do drama romântico encontra-se, sobretudo, em suas entrelinhas. Colegas de universidade em Edimburgo, na Escócia, Emma (Anne Hathaway, de “Amor e Outras Drogas”) e Dexter (Jim Sturgess, de “Across the Universe”) tornam-se mais próximos em 15 de julho de 1988, logo após a formatura. A partir daí, o roteiro, de autoria do próprio Nicholls, vai focar apenas a mesma data pelos próximos vinte e poucos anos. Há uma paixão mal resolvida entre os personagens. Embora eles se sintam atraídos, Emma é muito diferente de Dexter, um playboy sustentado pela família que foi descobrir o dolce far niente na Europa. Batalhadora, ela tornou-se garçonete em Londres para sobreviver.

+ As estreias de cinema da semana

+ Os melhores filmes em cartaz

Ao longo do tempo, acompanham-se as transformações. Emma dá início a um desajeitado namoro com um colega de trabalho (Rafe Spall), enquanto Dexter, de mulher em mulher, vira um patético apresentador de uma atração de TV. Os reencontros, pouco forçados, surgem também do acaso. Bons retratistas, David Nicholls, de 45 anos, e a diretora dinamarquesa Lone Scherfig (de “Educação”) captam bem o espírito das épocas através das mudanças de comportamento, de penteados e figurinos emblemáticos. O enredo, contudo, está longe de ser meramente decorativo. Concentra-se nas escolhas erradas e, principalmente, na negação do amor a frustração dos protagonistas. Assim como o sotaque da atriz americana Anne, ridicularizado pela crítica britânica, o desfecho, além de ser incoerente com o clima romântico proposto inicialmente pelo filme, talvez não agrade a todos. Mas, até chegar a ele, os espectadores terão se envolvido muito com a trama.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.