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Soraya Pinto Wallace: “Por que aconteceu com o meu bebê?”

Mãe de Giulia, de 1 ano e 8 meses, ela mudou de Manaus para São Paulo para tratar a filha

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 18h07 - Publicado em 30 abr 2011, 00h50

“Giulia nunca havia adoecido. Para nós, visita ao pediatra era só de rotina. Eu e meu marido somos de Manaus e programamos a viagem dos sonhos para levar nossa filha mais velha, Giovanna, de 8 anos, à Disney em janeiro. Levamos Giulia junto. Logo nos primeiros dias em Orlando, ela perdeu o apetite e começou a ter febre. Passei quinze dias com meu bebê doente, sem sair do hotel. Tão logo voltamos para Manaus, procuramos o pediatra. Ele receitou antibiótico, e nada de Giulia melhorar. A essa altura, ela já estava desidratada, com vômito, diarreia e uma anemia severa. Depois de uma tomografia, veio enfim o diagnóstico: um tumor de mais de 10 centímetros acima dos rins. Faltou chão. Por que aconteceu com o meu bebê tão querido, tão amado? Fiquei desesperada. Pleiteamos com o governo do Amazonas um avião particular com UTI para trazê-la a São Paulo. Conseguimos. Do aeroporto, seguimos direto para o Hospital do Graacc. Giulia tem um neuroblastoma, tipo de câncer que se inicia no tecido nervoso devido a um erro genético. O tumor dela é inoperável devido a seu tamanho e localização. Por enquanto, podemos contar apenas com a quimioterapia e aguardar a definição do caminho do tratamento. Na última consulta, recebemos boas-novas: o tumor diminuiu mais de 30%. Eu e meu marido nos mudamos para São Paulo e moramos em um apartamento emprestado, no Itaim Bibi. Estamos procurando uma escola para matricular nossa fi lha mais velha. Ainda não dá para saber quanto tempo ficaremos por aqui. O dia em que voltar para Manaus, com Giulia curada em meus braços, será o mais feliz da minha vida.”

+ A vida depois do diagnóstico de câncer 

Hospital do Graacc

O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) existe desde 1991. Seu hospital de onze andares, na Vila Mariana, tornou-se referência no tratamento de câncer infantil e atua em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Pacientes atendidos por ano: 6.000

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Novos casos por ano: 300

Sessões de quimioterapia por ano: 1.600

Número de cirurgias oncológicas por ano: 1.300

Porcentual de atendimentos pelo SUS: 90%

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Há espera para consulta? Não (tel.: 5908-9100)

Avanços e novidades: uma nova torre de 4.000 metros quadrados deve ser inaugurada em 2012. Ficará ali o centro de radioterapia, que abrigará o recém-adquirido acelerador linear com tecnologia Rapid Arc. “Ela é mais rápida e precisa que a convencional”, diz o oncologista Sérgio Petrilli, superintendente do Graacc. “Por isso, aparece como a melhor opção para as crianças.”

Com investimento de 100 milhões de reais, outro prédio será erguido em um terreno vizinho, doado pela prefeitura. A previsão é que ficará pronto em cinco anos. Atualmente, há 39 estudos clínicos em andamento na instituição — alguns deles patrocinados por laboratórios farmacêuticos. Uma nova droga, ainda sem nome, vem sendo testada para tratar leucemia mieloide aguda recidiva. Outro medicamento em fase de pesquisa busca controlar infecções por fungos, cujo risco é alto em crianças com depressão da imunidade.

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