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3 perguntas para…Elza Soares

Cantora fala sobre a homenagem que vai receber nas telonas

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h14 - Publicado em 18 mar 2011, 21h32

Carioca com presumíveis 73 anos (ela sempre desconversa quando se fala desse assunto), Elza Soares vive um momento único. Além de ser tema do documentário musical “Elza”, de Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan, em cartaz na cidade, a cantora grava outro longa-metragem que vai narrar seu passado com mais profundidade. Atual ouvinte de Chet Baker e Maria Gadu, a artista credita seu pique à paixão pela música, pela vida e pelo marido, o produtor Bruno Lucide, de 29 anos.

Achou tardia a homenagem no cinema?

De jeito nenhum. Fiquei embasbacada. Tudo tem seu tempo, e o filme está vindo na hora certa. Não sou de reclamar, gosto que os outros reclamem por mim. Há também outro longa-metragem. Ainda sem título definido, está sendo filmado devagarinho e vai mostrar a minha vida, desde a época em que levava lata d’água na cabeça até cantar na BBC de Londres. Tudo isso com sacrifício. A diretora Izabel Jaguaribe, de “Elza”, preferiu não focar muito a minha intimidade. Mas a fita tem histórias pessoais ótimas. Adoro uma delas, da minha infância, quando eu dizia que queria ser prostituta. Naquela época, achava a profissão mais linda.

De onde vem tanta energia aos 73 anos?

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Não sei o que é idade, porque eu não a conheço. E eu só tenho 24 horas (risos)! Acho que o sofrimento me reergueu cada vez mais. Se tivesse uma vida certinha, estaria cheia de rugas e pelancas, um bucho! Nasci com muita energia, parecida com a da Hebe, mas ela não carregou lata d’água na cabeça nem teve nove filhos como eu.

Ser vaidosa ajuda a manter a forma?

Exceto por um nervo pinçado no tornozelo, nem sei o que é problema de saúde. O espelho, esse sim, me condena. Estou sempre perguntando: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais pelancuda do que eu? Está faltando ou sobrando alguma coisa em mim?”. Se acho que está, vou lá e tiro na cirurgia plástica. Sou vaidosa desde criança. Eu não pegava as roupas da minha mãe, porque ela ficaria pelada. Mas atacava os vestidos das madames para quem ela lavava roupa. Eu me olhava no espelho e dizia “um dia vou comprar um igual a esse”. Consegui e cheguei lá! Se você está vivo, tem de ter ambição. Penso assim: prefiro chorar minhas mágoas numa Mercedes-Benz do que dentro do metrô com um monte de gente me empurrando.

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