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“Antes da Coisa Toda Começar” é uma peça cabeça, mas palatável

Drama em cartaz no CCBB faz bonito ao equilibrar conceito cerebral e comunicação

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h16 - Publicado em 26 fev 2011, 00h24

Espetáculos inspirados em reflexões sobre o ofício dos artistas costumam ser um risco para qualquer grupo que deseja montá-los e, sobretudo, para o espectador. Voltados ao próprio umbigo, muitas vezes dramaturgos e diretores criam histórias de dificílimo diálogo com a plateia. Felizmente, o drama Antes da Coisa Toda Começar, da paranaense Armazém Companhia de Teatro, vai em outra direção. Embalado no argumento restritivo, o texto de Maurício Arruda Mendonça e do também diretor Paulo de Moraes amplia a abordagem e transforma a narrativa fragmentada em um jogo de personagens densos que se encaixa aos olhos do público.

Um ator-fantasma (Ricardo Martins) confrontado com suas memórias abre a cena. Dessas lembranças surgem três pessoas deparadas de alguma forma com a morte: Téo (Thales Coutinho), um ator em crise, Zoé (Patrícia Selonk), uma jovem enredada em uma paixão proibida, e a cantora Léa (Rosana Stavis), em recuperação de uma tentativa de suicídio. Os conflitos psicológicos fluem sem tanto peso graças à ágil encenação, que funde belas imagens e explora bem os limites do palco. Inicialmente dispensável, a trilha sonora ao vivo, interpretada pelos sete atores, funciona no conjunto dramático e provoca uma ruptura nos complexos diálogos. Natural e livre de excessos, o grupo, hoje sediado no Rio de Janeiro, faz bonito ao equilibrar o conceito cerebral da montagem e a comunicação.

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