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Único brasileiro com título master of wine dá curso sobre vinhos

Embora cada um dos trinta lugares custe 3 500 reais, os cinco dias de aula estão esgotados

Por Arnaldo Lorençato
Atualizado em 5 dez 2016, 18h31 - Publicado em 22 out 2010, 21h44

Na próxima segunda-feira (25), Dirceu Vianna Júnior ministra a terceira etapa do curso Wine & Spirit Education Trust, destinado a sommeliers e amantes do vinho. Embora cada um dos trinta lugares custe 3 500 reais, os cinco dias de aula estão esgotados. O motivo para tamanha procura está na formação do professor. Radicado em Londres há mais de duas décadas, o paranaense Vianna é o primeiro e único brasileiro a ostentar o cobiçado título de ‘master of wine’.

Para obter a certificação de “mestre de vinho”, o especialista estudou seis anos na conceituada escola de mesmo nome na capital britânica. Não é fácil conseguir uma vaga. A cada ano, são aceitos no máximo oitenta alunos do mundo todo, e somente após serem aprovados em um rígido exame. Além disso, os testes para passar às etapas seguintes são considerados dificílimos. Desde a criação do curso, na década de 50, menos de 300 pessoas conseguiram concluí-lo.

Vianna, que nunca tinha se interessado por tintos e brancos, era um daqueles jovens indecisos sobre a carreira a seguir. Em Curitiba, chegou a prestar vestibular para engenharia florestal, na Universidade Federal do Paraná, e para direito, na PUC, mas acabou trocando as duas faculdades por uma temporada londrina.

O primeiro trabalho foi em um wine bar, onde descobriu sua vocação. Em busca de aprimoramento, entrou em hotelaria no Westminster College. Depois de estudar na Wine & Spirit Education Trust, coligada ao curso ministrado por ele na cidade, em 2002 ingressou no ‘master of wine’. “Minha ambição é ser o melhor em tudo o que faço”, diz. “Quis me tornar um Ph.D. em vinhos.”

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Durante o período escolar, a dura rotina de Vianna era acordar às 6 da manhã para estudar até as 10 horas. Em seguida, ia para o trabalho na Coe Vinters, uma das grandes importadoras de vinho da Grã-Bretanha, de que é hoje um dos diretores e na qual responde pela seleção de 1 500 rótulos. Nos fins de semana, dedicava-se a oito horas de aprendizado, que incluíam leituras sobre a geografia e condições climáticas de todas as regiões vinícolas do mundo. Também viajou a mais de trinta países. “Só para a França, fui mais de duas vezes por mês”, lembra.

Atento à evolução da bebida nacional, ele tem provado a produção recente. “Nos últimos meses, experimentei alguns vinhos brasileiros, entre eles o Cave Geisse e o Miolo Millésime, bons exemplos do que o Brasil pode fazer em termos de espumantes”, acredita Vianna, também degustador da revista britânica ‘Decanter’. Ele destaca os merlots da Pizzato e os potentes Desejo e Talento, da Salton. Ainda na avaliação do mestre, vale conhecer um tinto da Casa Valduga, elaborado com a pouco conhecida uva arinarnoa.

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