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Vila Olímpia: Fernando Stickel tira fotos do bairro

Artista plástico e arquiteto é autor do livro 'Vila Olímpia', com fotos do bairro tiradas entre 2004 e 2006

Por Marcelo Moura
Atualizado em 5 dez 2016, 18h39 - Publicado em 11 ago 2010, 20h39

“O melhor da Vila Olímpia é que este não é um bairro morno, mediano. A parte antiga parece estar 100 anos para trás e a moderna, 100 anos para a frente”, diz o artista plástico e arquiteto Fernando Stickel, autor do livro ‘Vila Olímpia’, feito com fotos tiradas entre 2004 e 2006, e criador de um blog que traz uma profusão de imagens da região. Stickel sempre gostou de tirar fotografias. Empolgado com os prédios de escritórios que surgiam para os lados da Rua Olimpíadas, comprou uma máquina nova. Era um cenário muito diferente do que ele havia encontrado em 1985, quando se mudou para lá.

“Meu estúdio ficava no galpão de uma antiga fábrica de televisores e a casa era uma espécie de sítio”, lembra. O desenvolvimento do bairro era dificultado pelo frequente transbordamento de seus córregos. “Via bananeiras e sofás passarem boiando na porta de casa.” Com a canalização desses córregos, nos anos 90, os prédios vieram e começaram a arranhar a paisagem bucólica. O artista plástico vendeu o sítio — “Foi um excelente negócio” —, mas manteve seu ateliê no bairro e resolveu conhecer a nova vizinhança.

 Stickel fez fotos dos prédios espelhados por um tempo, mas não gostou do resultado. “De perto, eles não são tão interessantes, parecem feitos para ver de longe, e essa não era a minha proposta”, afirma. “Queria fotografar closes.” Voltou-se então para a parte antiga da Vila Olímpia, onde havia morado. Passava duas horas por dia caminhando pelas ruas. No foco, as casinhas antigas, pintadas em cores vivas após sucessivas reformas. “Queria mostrar detalhes que estavam diante do público mas não eram notados no dia a dia”, diz o artista.

“Isso faz ainda mais diferença numa área onde as pessoas caminham pelas calçadas, frequentam a rua e se conhecem.” De tanto olhar fixamente para onde não se costuma prestar atenção, ele chegou a assustar gente do bairro. “Certa vez, uma moradora me perguntou o que eu estava fazendo ali, se queria sequestrá-la.”

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