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Conheça sete pedintes que fazem da mendicância um emprego

Quatro em cada dez paulistanos dão dinheiro nos semáforos. Calcula-se que os trocadinhos, somados, cheguem a 2 milhões de reais por mês e sustentem, além de ajudar miseráveis realmente necessitados, desde mulheres com criança nos braços que esbanjam saúde até falsos paraplégicos

Por Fábio Soares
Atualizado em 6 dez 2016, 09h10 - Publicado em 18 set 2009, 20h26

Atrás de dinheiro fácil, vale fazer de tudo nas esquinas de São Paulo. Vale se fantasiar com uma roupa surrada ou vestir terno e gravata para impressionar. Vale fazer cara de pelo amor de Deus com criança no colo, cantarolar no farol ou até usar cadeira de rodas mesmo sendo capaz de andar. Durante dois meses, a reportagem de VEJA SÃO PAULO constatou o sucesso dessas artimanhas ao acompanhar a rotina de sete pessoas que transformaram mendicância em profissão – ou seja, não se trata de miseráveis que não encontram outra forma de sobreviver. Todos têm residência fixa, alguns em bairros como Pinheiros e Vila Madalena, e declaram receber entre 30 e 100 reais por dia. Às vezes, fazem ponto em mais de um lugar. Sem nem sequer vender uma bala, essas pessoas faturam, numa estimativa conservadora, 600 reais por mês. Um bom negócio se comparado ao salário mínimo de 465 reais para uma jornada de oito horas por dia. “Eles se consideram honestos porque pedem e não roubam”, afirma o psicanalista e professor César Eduardo Gamboa Serrano, autor de uma dissertação de mestrado pela USP sobre mendicância na capital. “Dizem que esmolam por circunstância da vida, apesar de parte deles não abandonar as ruas depois de passada a dificuldade temporária.”

A fonte que alimenta a mendicância é vasta. Quatro em cada dez paulistanos dão esmola nos semáforos, segundo levantamento da prefeitura feito em 2005. Somados, calcula-se que os trocadinhos cheguem a 2 milhões de reais por mês, sem contabilizar doações de roupas ou brinquedos. Em dezembro, esse bolo costuma crescer 30%. “É um ciclo perverso”, afirma o vereador e ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social Floriano Pesaro. “Em vez de ajudar, quem dá esmola faz da mendicância um trabalho rentável.”

Idade avançada ou problemas físicos, usados frequentemente como desculpa para justificar a situação da maioria desses pedintes, não os impedem de viajar horas de ônibus, da periferia até cruzamentos escolhidos a dedo pelo potencial lucrativo. “Antes eu pedia em Guaianases. Era bem mais perto, mas não dava dinheiro”, conta Fran-cisco Chagas Alves, portador de paralisia infantil. Há dois anos, ele pega dois ônibus e metrô para ir de Sa-popemba, onde mora com duas filhas e paga aluguel de 250 reais, até a Praça Charles Miller, no Pacaembu. Percorre esse trajeto sobre um skate improvisado. O sacrifício vale a pena. “Tiro uns 700 reais por mês”, conta. “Além disso, ganho pensão de um salário mínimo do INSS por causa do meu problema.”

Mendicância deixou de ser contravenção penal há um mês. O artigo (60º) que previa prisão de quinze dias a três meses para a prática foi revogado no dia 17 de julho. Na verdade, trata-se da oficialização de algo que não passava pelas delegacias, muito menos chegava aos tribunais. Autor em 2001 do projeto para derrubar a lei, o então deputado federal Orlando Fantazzini defende o direito de quem pede esmola. “Eu não dou, mas não fazia sentido punir alguém por ser pobre”, afirma o ex-parlamentar, atual secretário da Habitação de Guarulhos. “Se há gente que finge, cabe às prefeituras, e não à polícia, coibir.” A coordenadora-geral da Secretaria da Assistência e De-senvol-vi-mento Social, Angela de Marchi, discorda. “Os agentes sociais não têm como identificar se os mendigos são ou não profissionais. A tarefa, nesses casos, é da polícia.” A questão é delicada. “Como separar quem está precisando de ajuda por uma circunstância infeliz da vida daqueles que fizeram da mendicância um emprego?”, escreveu o cronista de VEJA SÃO PAULO Ivan Angelo, em 2005. “A verdade é que está cada vez mais difícil confiar.” Ele volta a tratar do assunto nesta edição, com o texto “Teatro das ruas” (página 154).

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A prefeitura considera a campanha “Não dê esmola, dê futuro” a melhor forma de combater a mendicância, com foco na exploração do trabalho infantil. Firmou há quatro anos parcerias com setenta empresas, responsáveis pela produção do material publicitário. Um dos destaques foi o acordo com o Sindicato dos Taxistas Autô-nomos de São Paulo, que levou o selo da campanha a boa parte dos 33?000 veículos da frota. Já o Con-selho Regional de Conta-bilidade do Estado de São Paulo lançou a cartilha “Uma ação que vale um milhão”, com informações sobre como doar parte do Imposto de Renda devido para associações assistenciais. Pelo que se vê nas esquinas, precisava ser feito mais.

Em Uberlândia (MG), o promotor Marco Aurélio Nogueira tomou uma atitude inédita. Contabilizou 836 pessoas que pediam dinheiro nas ruas sem precisar e as processou por “perturbação da tranquilidade”, contravenção com pena prevista de quinze dias a dois meses de detenção. “O objetivo não era prender ninguém, mas inibir os farsantes, o que conseguimos fichando essas pessoas na delegacia.” Pesquisa feita na cidade em 2005 apontou que 93% dos 2?090 pedintes abordados não necessitavam de esmola para viver. “Encontramos gente ganhando 1?800 reais por mês”, lembra Nogueira. A ação funcionou. No ano passado, o número de processos despencou para dez. “As esmolas até ajudam na sobrevivência dos pedintes e de suas famílias, mas a longo prazo revelam ser muito mais um problema do que uma solução.”

O apelo da cadeira de rodas

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Quarta é dia de feira para o mendigo Pedro Corrêa ou Dario Rodrigues Ferreira, de 70 anos – ele se apresenta das duas maneiras. Para facilitar, vamos adotar aqui o primeiro nome. No último dia 5, às 10h15, em sua cadeira de rodas, Corrêa chegou à Rua Eça de Queiroz, na Vila Mariana, e se posicionou perto das primeiras barracas. Estava atrasado. Segundo os feirantes, costuma aparecer pontualmente às 8 horas. Não demorou a pingarem as primeiras moedas na caixinha de plástico branca. As cédulas de 1 e 2 reais, Corrêa guardava na bolsa presa à cintura. Em três horas, pelo menos cinquenta pessoas deram esmola ao pedinte. Também ganhou pastel, iogurte e caldo de cana. Com a barriga e a bolsinha cheias, Corrêa se deslocou cerca de 50 metros para contabilizar seu faturamento. Por volta das 14 horas, ainda perto das barracas que diz frequentar há dez anos, levantou como que por milagre da cadeira de rodas e andou normalmente, empurrando-a ladeira acima. Caminhou durante uns cinco minutos. “Cansei de vê-lo andar sem dificuldade”, disse um taxista que trabalha em um ponto em frente à feira. Às 15h40, o mendigo recomeçou o expediente na vizinha Rua Domingos de Morais, em frente à Livraria Paulinas, especializada em publicações religiosas. Dessa vez acrescentou ao seu visual um cartaz de papelão em que pede ajuda para comprar remédio. Exibia a receita médica com a prescrição do antiinflamatório Cataflam. “Não consigo andar”, disse à reportagem em duas ocasiões. Corrêa contou ter ficado “preso” à cadeira de rodas aos 25 anos, quando sofreu um acidente de carro no Mato Grosso. “Tenho 31 pinos na perna direita e dois no calcanhar esquerdo.” Foi embora de frente da livraria às 17h35. Pegou um ônibus (usando a cadeira) e desembarcou perto da Avenida Paulista. Seguiu até a Rua Afonso de Freitas, onde começou sua transformação. Deixou a cadeira em uma casa, vestiu calça e camisa sociais e chapéu, na calçada mesmo, e saiu andando com um par de muletas de metal até um estacionamento na Rua Domingos de Morais. “Ele vem trocar dinheiro aqui”, contou um dos manobristas. “Cerca de 80 reais por dia.” Às 19h30, Corrêa termina, enfim, a jornada de quarta-feira. Suas encenações, no entanto, prosseguem nos outros dias da semana: sexta-feira faz ponto na porta da Paróquia São Luís Gonzaga, na Avenida Paulista; sábado, na feira da Rua Chris Tronbjerg, no Paraíso; e domingo, na Paróquia Santa Generosa, na Avenida Bernardino de Campos, também no Paraíso.

Do farol para o Pão de Açúcar

“Uma ajudinha para comer. Deus te abençoe”, agradece. Com passos curtos, mão estendida e feição de desamparada, é raro a aposentada Maria de Lourdes, de 83 anos, não ser atendida quando o sinal fecha na esquina da Avenida Pedroso de Morais com a Rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros. Nas quatro horas em que pede esmola, das 10 às 14 horas, recebe cerca de oitenta doações. Faz isso diariamente há dez anos, segundo os comerciantes do bairro. Também é praxe ir às compras após a mendicância. Geralmente às segundas e sextas-feiras, por volta das 14h30, Maria de Lourdes costuma sair carregada de sacolas do Pão de Açúcar, na Rua Teodoro Sampaio. No dia 22 de junho, passou antes pelo supermercado Dia e pagou 10,89 reais por um pacote de ração Whiskas para gatos. Seguiu até o Pão de Açúcar e encheu a cestinha com itens como azeite Gallo 500 mililitros (13,90 reais); chocolate Garoto meio amargo 180 gramas (4,39 reais); 2 litros de leite integral Elegê (4,70 reais); e 300 gramas de queijo prato (5,52 reais), entre outros. Gasto total nos dois mercados: 43,92 reais. Quatro dias depois, retornou ao Pão de Açúcar e desembolsou mais 29,90 reais. No dia 17 de julho, gastou menos (21,20 reais), mas não abdicou de marcas conhecidas: pão de forma Wickbold (2,79 reais) e linguiça toscana Aurora (5,36 reais). Maria de Lourdes também não escondeu sua preferência por doações em dinheiro quando, no dia 18 de junho, deixou para trás duas peças de roupa entregues por uma motorista. A aposentada diz que mora na Vila Madalena, pertinho de onde pede esmola, o que faz “só de vez em quando”. Quando deixa o supermercado, no entanto, ela pega um ônibus rumo ao centro da cidade e anda mais alguns metros até um edifício na Rua Riskallah Jorge. Segundo o porteiro do prédio, que tem apartamentos de 38 a 64 metros quadrados, é ali que ela mora e costuma chegar acompanhada de sacolinhas.

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“Pedia em Guaianases, mas não dava dinheiro”

Francisco Chagas Alves tem 46 anos de idade e, desde os 8 meses, é portador de paralisia infantil. A deficiência não o impede de pegar dois ônibus e metrô quase todos os dias para pedir dinheiro na Praça Charles Miller, no Pacaembu. Viagem de duas horas. Não bastasse a dificuldade natural de mobilidade, o mendigo prefere se arrastar com as mãos sobre um skate improvisado a usar a cadeira de rodas, que deixa em casa. O lucro justifica o esforço. “Antes pedia em Guaianases. Era mais perto, mas não dava dinheiro.” Sendo corintiano fanático, ficou ainda mais fácil mudar de ponto. Ao lado do estádio de futebol, declara que fatura 700 reais por mês. No expediente, das 10 às 17 horas, o papo a respeito do time do coração o ajuda a cativar motoristas. Ganha mais um salário mínimo (465 reais) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devido à sua deficiência. Mora de aluguel com a mulher e duas filhas em Sapopemba, na Zona Leste. A renovação do Benefício de Prestação de Contas (BPC) que Alves recebe do governo não é automática. Ele precisa provar anualmente não ter renda mensal superior a 465 reais. Sem nunca ter trabalhado na vida, consegue. “Até tentei ser camelô, mas não vendia nada.” O pedinte não culpa a paralisia nas pernas por não ter tido um emprego formal. “Na verdade, o problema é a falta de instrução.”

Ele usa “uniforme” para pedir

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O mendigo José Alves da Silva, de 62 anos, pede esmola desde 2003 numa esquina da Mooca, entre as ruas dos Trilhos e João Antônio de Oliveira. Há dois anos, Silva testou cantar músicas de Roberto Carlos enquanto circulava entre os carros. Apesar de a voz ser medonha, deu certo. De 30 reais, passou a arrecadar 50 reais por dia, em média. Resolveu então imitar o rei a manhã inteira. Fica quatro horas cantarolando no semáforo, das 8 às 12 horas. “Quando resolve ir embora, ele vai se trocar numa pracinha aqui perto”, diz uma funcionária da escola de educação infantil Condessa Marina Crespi, local onde faz ponto. Dito e feito. No dia 17 de julho, às 12 horas, Silva foi até a tal praça, na Rua dos Trilhos, guardou a blusa vermelha que usa como uniforme – nas quatro vezes em que a reportagem o encontrou ele estava usando a mesma blusa surrada – e seguiu até São Mateus. A viagem de ônibus leva uma hora e meia. Silva mora em uma casa simples, na Rua Doutor Valdemar Lapietra, em São Mateus. O Fusquinha amarelo na garagem? “Não é meu”, afirma o Roberto Carlos da Mooca.

O Bin Laden de Pinheiros

“Sete anos desempregado. Peço uma ajuda. Agradeço!” A mensagem na placa amarela que o senhor de barba branca carrega no pescoço enquanto caminha entre os carros na esquina da Avenida Pedroso de Morais com a Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, parece exagerada. Mas está desatualizada. Comerciantes e moradores mais antigos da área assistem à cena há pelo menos quinze anos. “Antes ele trocava o texto do cartaz. Começou com um ano desempregado, depois dois, três, quatro…”, conta um zelador que trabalha há catorze anos em um edifício na Pedroso de Morais. A figura aguça a imaginação dos que o veem todas as manhãs na região. “Ele é ex-bicheiro. Tem carro e casa bacanas na Zona Leste”, diz um vendedor. Bin Laden, Pica-Pau e Velho Barbudo são alguns de seus apelidos. Fora a idade, 55 anos, o personagem misterioso entrega muito pouco de si mesmo. Diz ter sido “empurrado” à mendicância há vinte anos, quando a construtora em que trabalhava faliu. “Desde então só vieram drama e desgraça”, queixa-se. Com o camelô Osmar Mendes, colega de esquina, troca as moedas e cédulas arrecadadas. No último dia 27, quatro horas no semáforo lhe renderam 50 reais. “Às vezes são 80 reais”, diz o vendedor. Às 15h15 do dia 19 de junho, pegou um ônibus em direção ao centro, onde vendeu, por 10 reais cada um, dois casacos que ganhou na rua. Tomou outro ônibus, às 17h40, até a Avenida Tiradentes. Recolocou seu colete no peito e começou a pedir dinheiro. Cerca de três horas depois, a jornada terminou na Rua Inácio Pereira da Rocha, na Vila Madalena, num sobrado invadido por sem-teto. É ali que ele mora – e paga aluguel para ocupar um dos três quartos da casa. O drama, no caso, é do dono do imóvel, avaliado em 480?000 reais, que luta desde 2004 na Justiça para retomar a propriedade.

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“Consigo até 100 reais por dia, mas tenho de estar na estica”

Emprego, terno, gravata e cartão de apresentação. Sem perder a pose, o consultor imobiliário Salvador Gorgone Neto concilia bem o expediente em um escritório do Pacaembu com a mendicância “chique”. Às 11h15 do dia 28 de julho, uma terça-feira, deixou a empresa em que vende consórcios de carros e casas e, a menos de 100 metros, começou a esmolar na feira da Praça Charles Miller. Pedia um trocado para o ônibus e dizia até o nome da empresa para a qual trabalha. Não conseguiu o dinheiro, mas também não precisou. Desceu do ônibus na Avenida Paulista sem pagar, apesar de, aos 54 anos, não ter idade para isenção. Às12h03, voltou então a pedir, como mostra a imagem abaixo. Pegou mais um ônibus até a Avenida Bernardino de Campos, desceu outra vez pela porta da frente e mendigou por mais quarenta minutos. Entrou em outro ônibus e desembarcou em frente à Estação Ana Rosa do metrô. Ao perceber que estava sendo seguido pela reportagem, tentou se explicar. “Estou numa má fase no emprego e tenho problemas psicológicos. Sou meio bipolar, sabe?”, disse. Fez questão de mostrar sua carteirinha do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (o registro é verdadeiro) e entregou seu cartão de visitas. Aos poucos, deu até dicas de como encher os bolsos nas ruas. “Consigo de 50 a 100 reais na Rua Funchal ou na Avenida Faria Lima na hora do almoço. Mas tenho de estar na estica. Hoje estou com um sapato vagabundo, mas tenho um de bico fino ótimo.” Contou que mora em Pinheiros com a mãe. No fim da conversa, voltou a mostrar certa tensão: “Olha lá, não vai me dedar.”

Com o suor das crianças

Na Rua Oscar Freire, no Jardim Paulista, Vera reúne nos fins de semana três gerações da família para pedir esmola. Seis filhos, a neta e outros parentes. Costumam chegar na hora do almoço, em grupos de quinze. Vêm de Cidade Tiradentes, na Zona Leste, onde moram em um conjunto habitacional da CDHU. As crianças não são poupadas das tarefas na rua, reduto de lojas e restaurantes de grife. No sábado, dia 8, dois meninos aparentando ter menos de 10 anos vendiam panos de prato e chicletes sob ordens de seis mulheres. Dois homens com colete agiam como flanelinhas. Enquanto isso, Vera circulava com três crianças de colo, pedindo comida em bares e restaurantes e abordando pedestres em busca de trocados. Infelizmente, cena familiar ao paulistano. Pesquisa realizada em 2007 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontou a existência de 1?040 crianças ou adolescentes que trabalhavam em 538 pontos nas ruas da capital. Dessas, 36,9% eram exploradas por adultos. “As crianças chegam com sapatinhos, e os mais velhos tiram para elas andarem descalçadas”, conta uma lojista. No domingo, dia 2, Vera disse ter faturado “apenas” 50 reais. “Tive de cuidar das crianças o tempo inteiro. Quando fico olhando carros tiro uns 100 reais.” A situação fez a Associação dos Lojistas da Oscar Freire lançar em junho a campanha Vale Valor. Em vez de dar esmola, os clientes de 110 lojas depositam uma quantia em cofrinhos e levam uma cédula para entregar ao pedinte. Com ela, o mendigo receberia ajuda na Casa Restaura-me, no Brás. Quantos pedintes procuraram a tal casa até hoje? “É cedo para avaliar os resultados, mas é uma alternativa para identificar quem realmente precisa de ajuda”, diz Ana Beatriz Hauptmann, coordenadora da Aliança de Misericórdia, parceira dos lojistas na campanha.

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