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Serra e Mercadante: um dia com os candidatos a governador do estado

Tucano e pestista almoçam, caminham pela Avenida Paulista e revelam traços de seus estilos pessoais

Por Marcella Centofanti e Sandra Soares [Isabela Barros]
Atualizado em 5 dez 2016, 10h20 - Publicado em 18 set 2009, 20h36

No próximo dia 1º, 28 milhões de paulistas irão às urnas para escolher, além do presidente da República, um senador, setenta deputados federais, 94 deputados estaduais – e o governador do estado de São Paulo. Há uma enxurrada de candidatos interessados em ocupar um dos mais importantes e cobiçados cargos do Brasil. Não é para menos. O novo governador terá poder sobre o segundo maior orçamento do país, que neste ano é de 81,3 bilhões de reais – atrás apenas do da União. Quinze homens e uma mulher concorrem ao Palácio dos Bandeirantes. Veja São Paulo propôs-se a acompanhar, em situações do cotidiano, os três principais, que lideram as intenções de voto. José Serra, do PSDB (47% da preferência dos eleitores, de acordo com a última pesquisa do Ibope), e Aloizio Mercadante, do PT (23%), toparam caminhar pela Avenida Paulista e almoçar em um restaurante de sua preferência. O tucano também circulou pelo Shopping Metrô Tatuapé, enquanto o petista deu uma volta na favela de Heliópolis. Terceiro colocado nas pesquisas (9%), Orestes Quércia, do PMDB, não quis participar das atividades propostas para esta reportagem. Dos outros treze candidatos, os chamados nanicos, a revista traz um breve perfil.

É a terceira vez consecutiva que uma eleição no estado ou na capital fica polarizada entre o PSDB e o PT. Em 2004, José Serra e Marta Suplicy disputaram a prefeitura paulistana. Geraldo Alckmin e José Genoíno brigaram pelo governo em 2002. Nas duas ocasiões, ganhou o PSDB. Durante os passeios, Serra, 64 anos, e Mercadante, 52, revelaram algumas semelhanças, que vão além da formação como economistas. Os dois têm medo de avião, andam sem carteira no bolso e caem em tentação diante de um chocolate (Serra adora a trufa da Chocolat du Jour e Mercadante não resiste a uma bomba). As diferenças, porém, são muitas. Nas páginas a seguir, conheça mais sobre o estilo dos políticos que vão lutar nas urnas para comandar São Paulo.

No restaurante…

“Leva alho, cebola ou pimentão? Não como. Tenho estômago sensível e evito pratos com esses ingredientes”

Apesar de freqüentar casas sofisticadas como Massimo, Gero e A Figueira Rubaiyat, José Serra escolheu a cantina Don Carlini, na Mooca, bairro em que nasceu, para almoçar com a reportagem de Veja São Paulo. Desde a inauguração do restaurante, em 1985, esteve lá apenas cinco vezes. Entre as doze massas do bufê, optou pelo tortelloni de ricota e nozes. “Leva alho, cebola ou pimentão?”, perguntou, em relação ao molho ao sugo. “Meu estômago é sensível”, explica ele, que, por causa de freqüentes azias, se submeteu em abril a uma cirurgia de hérnia epigástrica. Quando está em campanha – são oito viagens por semana pelo interior –, Serra não costuma sentar-se à mesa. Come no carro mesmo um invariável sanduíche de pão integral, queijo branco, peito de peru e tomate. Quase nunca extrapola no doce (pesa 79 quilos, 9 a menos do que na época em que deixou o Ministério da Saúde, em 2002). “Minha maior tentação é a trufa do Chocolat du Jour”, diz. “Não consigo resistir.”

“Na campanha de Lula, em 1989, eu tomava de vinte a trinta xícaras de café por dia. Tive uma intoxicação e agora só bebo chá “

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O senador Aloizio Mercadante levou menos de dois minutos para escolher entre as 46 opções do cardápio do Santa Gula, na Vila Madalena (assim como Serra, foi ele – que também freqüenta endereços caros, como Don Curro e Gero – quem indicou o restaurante). “Quero essa lula recheada”, disse, irônico. Afinal, para quem está atrás nas pesquisas, uma referência ao presidente que caminha a passos largos para a reeleição nunca é demais. Dispensou a sobremesa (no menu não havia bomba de chococate, seu doce favorito) e pediu chá verde. Filho de uma professora de ioga vegetariana, Mercadante mudou hábitos alimentares há alguns anos. Um deles foi abolir o café. Na campanha presidencial de 1989, teve uma intoxicação por beber de vinte a trinta xícaras por dia. Desde então, prefere chá, adoçado com mel. “Também evito carne vermelha e fritura por causa do colesterol”, diz ele, adepto da medicina ortomolecular. “Tomo de cinco a dez cápsulas de vitamina por dia.”

Na Paulista…

“Só vim a esta feira duas vezes na vida. Não coleciono antiguidades. Por enquanto, só coleciono problemas “

Acompanhado de dois assessores e um segurança, Aloizio Mercadante é reconhecido por no mínimo metade dos freqüentadores da feirinha de antiguidades do Masp, no domingo (10). Motoristas buzinam e gritam o nome do senador, que responde com um aceno. Na calçada, a maioria das pessoas não faz questão de cumprimentá-lo, mas várias tiram fotos com o celular. Algumas declaram o voto. Mercadante, é claro, distribui sorrisos. Pára em barraquinhas e, aleatoriamente, pergunta sobre a história de alguns objetos. “Só vim a esta feira duas vezes na vida”, admite, nada familiarizado com o ambiente. “Não coleciono antiguidades. Por enquanto, só coleciono problemas.” Um comerciante que se diz ex-petista pede ao senador que ajude seu pai, que, aos 80 anos, aguarda a revisão da aposentadoria. “Patrícia, passa nosso e-mail”, pede para sua assessora Patrícia de Paula. “Posso ver em Brasília qual é a situação dele no INSS”, promete.

“Na Paulista tem muita panfletagem. Quando passo por aqui, os cabos eleitorais do PT me provocam com piadas “

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A Avenida Paulista, por onde circula diariamente 1,5 milhão de pessoas, é um dos endereços mais procurados pelos partidos políticos para panfletagem. É comum ver por lá grupos adversários disputando eleitores lado a lado. Os militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), entretanto, não ousaram abordar o tucano José Serra quando se encontraram com ele, na quinta (7), em frente ao Conjunto Nacional. “Seria diferente se fossem petistas”, disse o candidato, referindo-se aos cabos eleitorais do PT, que costumam provocá-lo. Reconhecido por eleitores, Serra distribuiu cumprimentos. Nos raros momentos em que ninguém pareceu notar sua presença, tratou de puxar papo com os passantes, perguntando: “Em que bairro você mora?”. A resposta era a deixa para que ele listasse o que teria feito para a região enquanto esteve à frente da prefeitura. Antes de encerrar o passeio, Serra fez questão de visitar a Livraria Cultura, onde comprou por 24,90 reais (pagou em dinheiro) um exemplar de Ninguém É Inocente em São Paulo, do escritor Ferréz, morador do Capão Redondo e espécie de porta-voz da periferia. Deu o livro de presente à repórter. “Atualmente ele não sai da minha mesa-de-cabeceira”, disse.

No shopping…

” Meu eleitorado é principalmente feminino. Elas dizem que eu sou muito mais bonito, alto e magro pessoalmente do que na TV “

A passagem de José Serra pelo Shopping Metrô Tatuapé provocou tumulto nos corredores – ele escolheu esse shopping para participar da reportagem, mas costuma freqüentar as livrarias e os cinemas do Iguatemi e do Villa-Lobos. Clientes e funcionários das lojas o cercaram, pedindo autógrafos, fotografias, emprego e diferentes tipos de ajuda. As eleitoras eram maioria. Algumas chegaram a chorar ao receber um abraço do candidato. “Há mulheres que me vêem como um santo por causa dos programas que criei para elas no Ministério da Saúde, como o parto humanizado”, vangloria-se. Segundo a pesquisa do Datafolha dos dias 4 e 5, o número de mulheres que pretendem votar em Serra é ligeiramente maior que o de homens, com diferença de 2 pontos porcentuais. “Quando me encontram na rua, elas dizem que eu sou muito mais bonito, alto e magro do que na TV.” Durante os quarenta minutos em que permaneceu ali, Serra também foi abordado por um grupo de jovens que insistentemente cobrou explicações sobre o fato de ele ter deixado a prefeitura para concorrer ao governo. “Sei que vocês não vão acreditar, mas esse tipo de coisa nunca aconteceu antes.”

Na favela…

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“Durante a campanha, provo de tudo, buchada de bode, qualquer coisa… A pior é churrasco de gato. Já comi vários, com certeza “

O passeio de Mercadante na favela de Heliópolis, a maior da cidade, vira quase uma passeata. A cada quarteirão percorrido, a aglomeração aumenta. Num gesto manjado de campanha, o candidato brinca com crianças e distribui balas. Engata conversas sobre futebol quando vê alguém com a camisa de um time – ele é santista e neste ano já foi ver dois jogos no estádio da Vila Belmiro. Mercadante entra nas casas, saúda os moradores e pergunta o que tem de almoço. Aceita refrigerante, mas recusa bebida alcoólica. “Durante a campanha, provo de tudo, buchada de bode, qualquer coisa…”, conta. “A pior é churrasco de gato. Já comi vários, com certeza.” Esse contato com o eleitor, garante ele, é o melhor aspecto da campanha. O mais chato? “Não gosto das festas noturnas promovidas pelos candidatos a deputado”, afirma. “Chego cansado, tenho de fazer discurso e agüentar uma porção de gente bêbada.”

Primeiras-damas…

“Conheci o Zé numa festa, durante seu exílio no Chile. Deu liga na hora. Casamos um ano depois”

Os óculos com armação vermelha que se tornaram a marca registrada da mulher de Serra foram comprados em uma farmácia no Chile há seis anos. Casada com o tucano desde 1967, a chilena Monica Allende Serra, 62 anos, se parece com o marido em muitas coisas – como ele, é moderada para gastar e tem personalidade forte. “O Zé é estudioso, madrugador, de humor ruim de manhã e muito bom à noite”, diz. Formada em psicologia educacional, Monica construiu uma sólida carreira acadêmica. Ela é presidente da ONG Arte Sem Fronteiras. O casal tem dois filhos: Verônica, de 37 anos (mãe do único neto, Antônio, de 3 anos), e Luciano, de 33.

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“O Aloizio é um marido carinhoso e um pai exemplar. Apesar da sua militância política, ele sempre foi muito ligado à família”

A professora de educação infantil Maria Regina Barros, de 50 anos, não é dessas candidatas a primeira-dama que ficam grudadas no marido. “Só vou aos eventos que têm a ver comigo”, diz. Raramente fotografada, sem ser reconhecida nas ruas, ela circula num Fusquinha azul-metálico ano 86. Não se trata de um carro qualquer, mas de um exemplar de colecionador, com 8.000 quilômetros rodados. A professora faz o estilo vagamente ripongo, com cabelos repicados e óculos com armação azul e laranja. Tem dois filhos com o senador: Mariana, de 22 anos, e Pedro, de 21. Maria Regina é a segunda mulher de Mercadante, que ficou viúvo em seu primeiro casamento, com a jornalista Jane Chiriac.

Patrimônio…

Na declaração apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral, o patrimônio de Mercadante está estimado em 754.000 reais. Seu bem mais valioso é uma casa em Brasília, comprada em 2003. Curiosamente, em São Paulo o senador vive no mesmo bairro que seu oponente José Serra: Alto de Pinheiros. O sobrado, com valor declarado em cerca de 300.000 reais, tem três quartos. Nos fins de semana, Mercadante, que ganha salário de 12 720 reais mensais como senador, gosta de se reunir com a família em seu sítio na Serra da Mantiqueira, longe de qualquer badalação. “Adoro mato”, diz. Seu carro é um Vectra modelo 97. “Quando eu puder, quero comprar uma caminhonete 4×4.”

José Serra tem patrimônio declarado de 873 000 reais (502 000 em aplicações financeiras). A casa onde mora, no Alto de Pinheiros, não consta da lista do Tribunal Superior Eleitoral, pois pertence a sua filha, Verônica. O sobrado de quatro quartos é ocupado pela família há mais de vinte anos. Serra é dono de um Vectra ano 99 e de uma casa de campo em Ibiúna, a 73 quilômetros da capital, que costuma freqüentar nos fins de semana prolongados. Como professor aposentado da Unicamp, ele recebe 6 620,19 reais por mês.

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Vaidade…

“Uso bigode desde 1977. Na campanha para o Senado, um marqueteiro sugeriu que eu tirasse. Não topei. Seria como vender Coca-Cola em garrafa de guaraná “

Com seu bigodão espesso, sempre bem aparado e reluzente, Mercadante não se assume como um homem vaidoso. Jura que não usa cremes e gargalha quando perguntado se já entrou na faca. Seu cuidado máximo é aplicar protetor solar nos dias de carreata. Perfume? “Às vezes passo um que a minha mulher comprou, mas nem sei o nome”, afirma. “No dia-a-dia, uso desodorante mesmo.” Sobre o bigode, o senador conta que, depois de ser ameaçado por um policial num evento da UNE, em 1977, resolveu deixá-lo crescer para não ser reconhecido. “Há quatro anos, um marqueteiro sugeriu que eu tirasse, mas não topei”, lembra. “Ele é a minha marca. Seria como vender Coca-Cola em garrafa de guaraná.”

“Eu me visto de acordo com o que fica bem no vídeo. Por isso, estou sempre de camisa azul”

José Serra já gravou tantos programas para o horário eleitoral que acabou adaptando seu guarda-roupa “às exigências da TV”. A campanha pelo governo do estado é a terceira dele em quatro anos (disputou a prefeitura de São Paulo em 2004 e a Presidência da República em 2002). Serra se acostumou a vestir camisas azuis, que ficam bem no vídeo, e abandonou os paletós de tweed, seus preferidos. “A trama do tecido provoca um efeito que faz a imagem parecer tremida na TV”, explica. Ele é um moderado em matéria de cuidados com a beleza. Procura controlar o peso, mas diz que é por preocupação com a saúde. “Pego no pé dos amigos que engordaram demais, como o Kassab”, afirma em relação ao prefeito. Em 1999, Serra passou por uma cirurgia para a remoção das sobras de pele e gordura em volta dos olhos. Quando está muito estressado, submete-se a sessões de acupuntura para “amenizar o cansaço, melhorar o humor e dormir melhor”.

Sem lenço, sem…

“Carrego na carteira de senador a habilitação e um cartão de crédito. Sou devoto de São Francisco de Assis e sempre levo comigo um terço que comprei na Itália”

Mercadante

Nada de fotos de família, cheques ou cartões de visita. Mercadante e Serra, coincidentemente, nem possuem carteira. O petista carrega no bolso sua identidade parlamentar, a habilitação, um cartão de crédito e um terço de madeira comprado na Itália, há quinze anos. Já o tucano sai de casa levando apenas um pouco de dinheiro (eram 100 reais no dia da entrevista) e o celular. Seu talão de cheques fica com a secretária e é utilizado para o pagamento de contas. “É melhor assim porque vivo perdendo as coisas”, conta. E quanto a andar por aí sem documento? “Não vejo problema algum, afinal 100% das pessoas me conhecem.”

“Ando sem carteira porque costumo perder as coisas. Não carrego nem documento. Mas não tem problema, porque 100% das pessoas me conhecem”

Serra

Vida política…

“Se não fosse político, seria diretor de cinema, pianista ou ator”

Quando foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes, em 1963, Serra cursava engenharia na USP e participava de um grupo de teatro. Ele diz que possivelmente teria seguido carreira artística se não tivesse encontrado a política. Exilado após o golpe militar, Serra viveu no Chile e nos Estados Unidos até 1978 e estudou economia nos dois países. De volta ao Brasil, foi secretário de Economia e Planejamento do estado no governo Franco Montoro, deputado federal, senador e ministro por duas vezes na gestão de Fernando Henrique Cardoso (ocupou as pastas do Planejamento e da Saúde). Em 2004, elegeu-se prefeito de São Paulo, cargo ao qual renunciou depois de quinze meses para concorrer ao governo do estado.

“Na adolescência, pensei em fazer medicina. Desisti e prestei economia”

Aluno do curso de economia da FEA-USP, Mercadante iniciou a militância política na fundação do Diretório Central de Estudantes da universidade, nos anos 70. Foi presidente da Associação de Professores da PUC e vice-presidente da Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior. “Na adolescência, pensei em fazer medicina. Desisti e prestei economia”, diz. No PT, participou da coordenação das quatro campanhas de Lula para presidente. Conquistou seu primeiro mandato em 1990, como deputado federal. Voltou à Câmara oito anos depois. Em 2002, teve 10 milhões de votos, que fizeram dele o senador mais votado da história do país.

As propostas de cada um…

EDUCAÇÃO

Serra

Estabelecer controles e metas para cada série escolar. Colocar duas professoras por sala de aula no 1º ano, para reforçar a alfabetização das crianças.

Mercadante

Investir no salário e na formação de professores. Colocar internet de banda larga nas escolas. Reduzir o número de alunos em sala de aula para, no máximo, 35.

SAÚDE

Serra

Dobrar a quantidade de medicamentos distribuídos gratuitamente e enviar remédios pelo correio para doentes crônicos, evitando que eles precisem se deslocar.

Mercadante

Recuperar hospitais e incorporar as Santas Casas ao SUS. Criar uma central para agendar consultas e exames e instituir um programa de prevenção à saúde.

TRANSPORTES

Serra

Ampliar “consideravelmente” a malha metroviária e avançar no processo de transformação dos atuais trens urbanos em metrô de superfície.

Mercadante

Concluir o Rodoanel, fazer um anel ferroviário e implantar um trem de alta velocidade entre Campinas e São Paulo. Melhorar a estrutura viária na região oeste do estado.

SEGURANÇA

Serra

Investir nas áreas de inteligência e informação das polícias Militar e Civil para combater o crime organizado. Somar esforços com o governo federal, Ministério Público, Poder Judiciário e OAB.

Mercadante

Separar presos em quatro categorias: réus primários, reincidentes, perigosos e chefes de facções criminosas. Formar força-tarefa entre Exército e polícias Federal, Civil e Militar.

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