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Pivô abre suas portas neste sábado (8)

Novo centro cultural ocupa três andares do Copan e já estreia com quatro exposições

Por Fernanda Bonadia
Atualizado em 5 dez 2016, 16h55 - Publicado em 7 set 2012, 00h51

Nada menos do que quatro exposições vão marcar a abertura, neste sábado (8), de um centro cultural na cidade: o Pivô. O novo espaço vai ocupar três andares do Edifício Copan, no centro de São Paulo, que estavam vazios nos últimos 20 anos.

A decisão por iniciar suas atividades na primeira semana de setembro está afinada com a 30ª Bienal de São Paulo, pela visibilidade que o evento traz para a cidade. “Todo mundo está curioso em saber o que está acontecendo no Brasil. O país é modelo em muita coisa, inclusive na arte”, lembra a diretora de planejamento e comunicação do Pivô, Marta Ramos-Yzquierdo.

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O objetivo é ser uma plataforma de debate e estudo de diferentes manifestações artísticas contemporâneas. A proposta é percebida na exposição de estreia “Da Próxima Vez Eu Fazia Tudo Diferente”, em que catorze artistas de diferentes gerações e com os mais variados suportes dialogam entre si e com a arquitetura do espaço.

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Nazareno Rodrigues, por exemplo, percebeu a relação entre os buracos de duas paredes e instalou ali suas dunas: “Na duna, você tem essa brincadeira do que está visível e o que se esconde”, destacou o artista. Assim, dois bonecos foram imersos em açúcar, de modo que seus rostos fiquem para fora e um olhe para o outro.

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Outra voz veterana na mostra é a de Carmela Gross. A montagem “Aurora” deixa visível o processo de construção artística, que se contrasta com a leveza do feminino e a brutalidade do industrial. O nome brinca com o anúncio de algo que poderia ser.

As obras de Daniel de Paula e Vitor Cesar, por sua vez, trabalham com a dicotomia entre público e privado. Três pontos de ônibus cedidos pela SPTrans e portões de casas e chácaras no meio do caminho fazem do estranhamento uma via para a reflexão.

Também possuem instalações no local Adriano Costa, Amália Giacomini, Cristiano Lenhadrt, Eduardo Coimbra, Eduardo Frota, Guilherme Peters, Luiz Roque, Marcelo Gomes e Paloma Bosquê.

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Sob curadoria do arquiteto Diego Matos, o título da mostra é um empréstimo da última frase do primeiro filme de expressão de Rogério Sganzerla, “Documentário”, de 1966 (veja o vídeo abaixo). Questionador, o curta-metragem traz a possibilidade de vivência da cidade em constante mutação, em imagens gravadas no período de maior afirmação da arquitetura moderna.

A escolha, claro, não foi à toa. A exposição carrega em si a preocupação com o resgate da memória e sua reinvenção. O edifício é um marco na geometria urbana de São Paulo, mas aqueles três andares estavam vazios. Sem ocupação ou sentido. Por isso, a reinvenção para um prédio que é recheado de lembranças.

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Outras exposições

Já em diálogo com outros atores da cena cultural, o Pivô convidou as galerias Emma Thomas e a Mendes Wood para criarem sua própria intervenção no local. A primeira traz as individuais de Lucas Simões e Alexandre Brandão. A segunda, por sua vez, leva a exposição “Alphabet of the Magi”, coletiva que investiga os processos místicos e mágicos.

 

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“Documentário” (1966), de Rogério Sganzerla:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=uMAcHaI9PNU&version=3&hl=pt_BR%5D

 

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