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Mart’nália: “O trabalho inteiro foi na base da minha cara de pau”

A divertida cantora carioca conta como conseguiu parcerias com Djavan, Marisa Monte e outros nomes para seu novo disco, que passa longe do samba

Por Carol Pascoal
Atualizado em 5 dez 2016, 17h11 - Publicado em 11 Maio 2012, 18h56

Confira uma entrevista com Mart’nália conta mais sobre o recém-lançado disco “Não Tente Compreender”, que ela apresenta na quinta (17), no HSBC Brasil:

+ Mart’nália: sem cuíca nem pandeiro

VEJA SÃO PAULO — Por que decidiu se afastar do samba agora?

Mart’nália — Estava indo para minha terceira Copa do Mundo com a mesma banda e o mesmo som; cansei de me repetir. Não gosto da sensação de saber que todo o meu trabalho é igual. Entrar em campo com o jogo ganho não tem graça. As pessoas já sabem que eu faço samba, porque tenho contato com isso desde pequena. Quando decidi mudar, acelerei tudo e os amigos acharam maneiro.

VEJA SÃO PAULO — Como surgiu a parceria com o Djavan?

Mart’nália — Eu já tinha gravado uma música do Dja (maneira carinhosa como se refere a Djavan), Celeuma. Fui a um show dele e antes de entrar no camarim tomei uma cerveja para criar coragem. Fiz elogios, o enchi de beijos e, na maior cara de pau do mundo, pedi: “produz meu disco?”. E aí rolou! O trabalho inteiro foi assim, na base da minha cara de pau.

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VEJA SÃO PAULO — Com quem mais teve esse “abuso”?

Mart’nália — Com o Gilberto Gil e o Caetano Veloso não foi abuso. Eles estavam em dívida comigo. Eu disse para o Caetano que se ele não me mandasse uma música, ia escolher uma das velhas mesmo. Ainda assim, ele foi um dos últimos a enviar. E teve a Marisa Monte. Encontrei com ela e já fui pedindo um pop.

VEJA SÃO PAULO — Você gravou um rock do Nando Reis também…

Mart’nália — Para ele também pedi, mas vou deixar claro que só faço isso se eu acho que a pessoa vai com a minha cara (risos). Imagina, o Nando fez letras para a Cássia Eller. Sempre fui à praia pra ver os shows dele. Isso soou muito surfista, eu também o vi em lugares fechados. Só não sou surfista porque sou sambista. E acho música de surfista muito chata. Ou melhor, não é o meu universo.

VEJA SÃO PAULO — E o rock?

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Mart’nália — É primeira vez que canto rock na minha vida toda. Sem ser em casa, claro. Quem toca de verdade não vai gostar, mas estou tentando. No palco, vou ficar mais contida. Mentira, não consigo ficar parada. Eu sei que uma hora vou pegar a guitarra. Confesso que nas gravações teve uma hora em que senti falta de um pandeirinho.

VEJA SÃO PAULO — O que prepara para o show?

Mart’nália — Não sou uma pessoa que faz dois shows por dia, não acho isso sincero. Só faço se eu estiver muito dura (risos). Agora quero botar esse disco no palco logo, mas não tem graça se for só ele. Tenho que tocar o que o público quer ouvir. Um pouco de tudo, de sambas a músicas de novelas.

VEJA SÃO PAULO — Como você convidou o Ney Matogrosso para fazer a direção de luz?

Mart’nália — Adivinha como eu consegui? Na maior cara de pau de novo. Encontrei com ele em um evento e pedi. Ele topou na hora colaborar, mas eu ainda não tinha nada, nem disco, nem Dja. Quando ficou pronto, lembrei do Ney. Falei: “manda uma luzinha aí pra mim”. Pronto, fez a direção de luz. Enviei o roteiro pra ele, que veio no estúdio e deu vários toques. Como não sou boba, achei melhor prestar atenção.

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