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O colecionador de heróis

Paulistano Ivan Costa reúne acervo com aproximadamente 8.000 itens de HQ e arte original

Por Anna Carolina Oliveira
Atualizado em 1 jun 2017, 18h29 - Publicado em 28 jul 2011, 20h04

O diretor de Marketing e Desenvolvimento Institucional da faculdade FIAP, Ivan Freitas da Costa, 39 anos, afirma ser o maior colecionador de histórias em quadrinhos e arte original do país. O número impressiona. São aproximadamente 8.000 itens catalogados.
O acervo é tão grande que, em 2009, ele montou a exposição “Batman — 70 anos” no Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e ganhou o prêmio HQ Mix. “Reuni cerca de 300 itens para essa mostra”, orgulha-se o paulistano.+ Veja o Especial de Quadrinhos completo
Costa começou a formar seu museu particular ainda criança, quando comprou sua primeira revistinha, a “Heróis em Ação”, da Editora Abril. Hoje, só de arte original — os “rascunhos” feitos pelos desenhistas e quadrinistas — são 700 itens.
Em entrevista a VEJINHA.COM, Ivan ensina como ter sua própria coleção de HQs e conta algumas curiosidades dos seus artigos mais valiosos.VEJINHA.COM— Quando você começou a se interessar por quadrinhos?
Ivan Costa — Eu era muito novo. Consegui meu primeiro quadrinho depois de amolar muito o meu pai. Escolhi uma que não era tão famosa, chamava “Heróis em Ação”.VEJINHA.COM — Esse foi o primeiro item da sua coleção?
Ivan Costa — De quadrinhos, sim. Mas a pedra fundamental da minha coleção de arte original foi um sketch autografado pelo Chris Bachalo. Era fã desse ilustrador e mandei uma carta aos cuidados da DC dizendo que gostava do trabalho dele. Isso foi em 1997. Depois de vários meses, recebi um envelope com uma carta do ilustrador e um sketch da Morte, um personagem da série de quadrinhos “Morte: o Alto Custo da Vida”.

Acervo pessoal

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O começo: o sketch da personagem “Morte” foi o primeiro item da coleção de arte original

VEJINHA.COM— Como as pessoas interessadas em quadrinhos podem começar uma coleção exclusiva?
Ivan Costa — Duas excelentes chances para dar início a um acervo são as convenções e as sessões de autógrafo. Lá você conhece quadrinistas, arte finalistas e outras pessoas ligadas a esse universo. Ali na hora, mesmo, eles podem fazer um desenho e autografar para você. Isso se torna uma peça única.+ Conheça três quadrinistas de São Paulo+ Cursos para você aprender a desenhar e fazer roteiro para HQVEJINHA.COM — Onde você compra os itens do seu acervo?
Ivan Costa — Hoje eu recebo muita coisa. Em 2002, por exemplo, ganhei um esboço da edição especial “Superman — Paz na Terra”, em que o personagem sobrevoa a baia da Guanabara. A pintura é do Alex Ross e ele mesmo me enviou de presente de Natal. Mas, quando quero comprar alguns itens, procuro em sites como Comic Art Fans, The Artist’s Choice, Alex Ross Art e, é claro, o eBay. Este, aliás, acaba sendo a fonte de todo colecionador.VEJINHA.COM — Como você conserva seus artigos de colecionador?
Ivan Costa — Todos os originais ficam em sacos plásticos acid free, para não haver risco de o desenho estragar ao longo dos anos. Também coloco todos em uma pasta, para proteger da luz. Na hora de guardar, escolho um lugar com umidade controlada. Não é fácil conservar papel em países do trópico. Ser um colecionador no Brasil é um desafio.VEJINHA.COM — Qual o item mais caro da sua coleção?
Ivan Costa — Uma página do Alex Ross do álbum “Mulher Maravilha — O Espírito da Verdade”. No site dele, uma página da mesma edição custa 10 mil dólares. Eu comprei no Comic Art Fans por menos de um terço desse valor.

Acervo pessoal

Mulher Maravilha — O Espírito da Verdade - Especial Quadrinhos
Mulher Maravilha — O Espírito da Verdade – Especial Quadrinhos ()

‘Mulher Maravilha — O Espírito da Verdade’: página do desenhista Alex Ross vale 10 mil dólares

VEJINHA.COM — Qual seu atual item de desejo?
Ivan Costa — Ser colecionador é ser insatisfeito. Tem sempre uma nova edição que você quer comprar, que você precisa ver. Tem uma capa bem bonita da revista “Liga da Justiça — Origens Secretas”, que reúne todos os personagens da Liga da Justiça, mas custa 50 mil dólares. Só poderia comprar se ganhasse na loteria, e teria que ser a acumulada (risos).+ Colecionadores de automóveis antigos realizam encontros na cidade+ Xaveco Virtual: nossa ferramenta de paquera no TwitterVEJINHA.COM — Quais os points de São Paulo para os amantes dos quadrinhos?
Ivan Costa — Dois lugares de parada obrigatória são as lojas Limited Edition e Comix Book. Na primeira, você pode comprar muitas estatuetas bacanas. A Cachalote, do quadrinista Rafael Coutinho, é ponto de encontro de muitos desenhistas e outros artistas da cidade. Nesse mesmo estilo tem a HQMix, que fica aberta até tarde.OPINIÃOOs cinco melhores quadrinhos1. “Watchmen” (Alan Moore e Dave Gibbons)
2. “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (Frank Miller e Klaus Janson)
3. “Calvin & Haroldo” (Bill Waterson)
4. “O Reino do Amanhã” (Mark Waid e Alex Ross)
5. “Daytripper” (Fábio Moon e Gabriel Bá)

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