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Mostra no Instituto Tomie Ohtake revela outra faceta de Vik Muniz

Evento tem peças da época em que artista era desconhecido, como "Cama Ereção" e "Fetiche de Pregos"

Por Jonas Lopes
Atualizado em 1 jun 2017, 18h35 - Publicado em 26 mar 2011, 00h52

Esqueça o Vik Muniz celebrizado pelas fotografias tiradas de cenas criadas a partir do uso de materiais como chocolate, diamantes, sucata ou papel picado. “Relicário”, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, oferece ao espectador a chance de conhecer outro artista. A mostra reúne trinta trabalhos realizados no início da carreira do paulistano, além de projetos dessa época (fim dos anos 80, início dos 90) que só foram postos em prática agora.

É difícil imaginar o ícone pop de nossos dias, cuja produção foi tema do premiado documentário “Lixo Extraordinário”, na obscuridade. Mas quando Muniz realizou sua primeira individual, na galeria nova-iorquina Stux, em 1988, realmente era um desconhecido. Até hoje ele vive em Nova York, embora agora passe parte do tempo no Rio de Janeiro, onde a exposição foi apresentada antes de vir a São Paulo.

As obras selecionadas resumem-se a esculturas e recriações de pequenos objetos cotidianos, explorados com humor e alguma morbidez. Nesse último quesito, encaixa-se “Museu”, instalação na qual uma estante exibe bonecas soturnas dentro de vidros que remetem ao mineiro Farnese de Andrade (1926-1996). O sarcasmo irrompe também em “Cama Ereção”, “Fetiche de Pregos” (um Mickey de madeira todo pregado) e na autoexplicativa “Caveira de Palhaço”.

Vik Muniz Tomie Ohtake 2210
Vik Muniz Tomie Ohtake 2210 ()
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Há mais para ver, caso de um sarcófago de Tupperware, uma pluma de mármore e uma ampulheta com um tijolo dentro. O estilo identificável de Vik Muniz surge em dois momentos: em “História da Iconografia Acidental” (imagens de Jesus Cristo e Che Guevara impressas em pães de fôrma) e na série fotográfica “Flora Industrialis” (mais recente, de 1998). Nela, flores artificiais são catalogadas e então retratadas à maneira de naturezas-mortas.

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