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‘Vaquinha’ quer ajudar serralheiro que teve fusca queimado em protesto

Organizada na internet, campanha de arrecadação quer restituir valor do veículo de Itamar Santos, abandonado em chamas no sábado (25)

Por Redação Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 15h18 - Publicado em 27 jan 2014, 18h49

Após abandonar seu fusca 1975 em chamas durante os violentos protestos contra a Copa do último sábado, o serralheiro Itamar Santos ganhou uma “vaquinha” na internet para restituir o valor do veículo. A campanha on-line, organizada por voluntários, começou nesta segunda (27) e arrecadou 140 reais até o fim da tarde. A meta é chegar a 10 000 reais até o fim de março. “Não estou pedindo nada”, diz o serralheiro de 55 anos, “mas se alguém bater na minha porta oferecendo, não serei orgulhoso.”

O fusca havia passado pela inspeção veicular na sexta-feira anterior ao incidente. “Eu tinha todos os adesivos colados no vidro”, lamenta Santos. No início da noite de sábado, ele e mais quatro pessoas da igreja que frequenta no centro -entre as quais duas mulheres e uma criança de colo a quem deu uma carona- voltavam de um culto. Ao ver um grupo ateando fogo em um colchão, o motorista conta que tentou desviar do objeto, que acabou enroscando na parte de baixo do automóvel.

De acordo com Santos, ele e os demais acompanhantes não queriam sair do carro porque não tinham noção do tamanho das chamas. “Eu desci para tentar tirar o colchão e entrei novamente no carro para ver se desenroscava, foi aí que o fogo tomou conta de tudo”, lembra. Assustadas, algumas pessoas que assistiam ao incidente ajudaram a retirar os passageiros do carro.

Risco de explosão

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As imagens também do carro em chamas também assustaram quem assistiu à cena pela televisão. Mas apesar de o fogo ter se espalhado com rapidez, o risco de explosão era mínimo, segundo o professor Marcelo Alves, do Centro de Engenharia Automobilística da Escola Politécnica da USP. A rápida expansão das chamas, afirma, se deu “por se tratar de um carro antigo e não ter a proteção necessária no chassi para conter o fogo como nos mais modernos”. Além disso, o tanque de combustível do fusca fica na parte dianteira e o motor, atrás. “Existe uma tubulação que liga os dois e se danifica com o fogo, alimentando ainda mais a propagaçãodas chamas”, explica.

Santos ganhou o veículo há cinco anos e o utilizava para trabalhar. “Meu irmão mexe com restauração de carros antigos, mas não com esse modelo, por isso me deu”, diz. Por enquanto, o serralheiro está sem carro e tem tido ajuda de vizinhos quando precisa de um. De acordo com a tabela Fipe, o último modelo de fusca avaliado, de 1985, custa pouco mais de 6 000 reais.

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