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Teatro São Pedro seleciona músicos para montar orquestra da cidade

O regente Roberto Duarte e o trompetista Fernando Dissenha fazem testes para montar a primeira orquestra da cidade especializada no gênero

Por Daniel Salles
Atualizado em 5 dez 2016, 18h47 - Publicado em 22 Maio 2010, 00h32

São Paulo, 14 de maio. Um rapaz de cerca de 20 anos, de sapatos e camisa sociais, sobe ao palco do Teatro São Pedro com uma trompa debaixo do braço. Protegido por um biombo de madeira, começa a tocar trechos de sinfonias como a ‘Sexta’, de Beethoven. Nervoso, desafina algumas notas. Sentados na plateia diante de uma mesa com partituras, bolachas e copos de café, quatro homens avaliam com atenção a performance do instrumentista.

O mais bem-humorado deles, o regente carioca Roberto Duarte, fecha a cara e diz um sonoro “não”. Fernando Dissenha, trompetista solista da Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), é mais diplomático: “É aproveitável, mas não para chefiar o naipe”. Estamos no antepenúltimo dia de testes para a recém criada Orquestra do Teatro São Pedro.

Com estreia prometida para o dia 10 de junho, ela será regida pelo paulistano Emiliano Patarra, hoje à frente da Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos. A direção ficará a cargo de Duarte, que já comandou a Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A criação de um novo grupo musical é um evento histórico”, vibra Patarra, que também participou da seleção dos músicos, ao lado do maestro Marcos Sadao Shirakawa, da Banda Sinfônica do Estado.

Com orçamento anual de 6 milhões de reais, a orquestra será custeada pelo governo estadual e administrada pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (Apaa), entidade responsável pela agenda de teatros como o Sérgio Cardoso e de conjuntos como a Jazz Sinfônica. No repertório, clássicos como ‘Don Pasquale’, de Gaetano Donizetti, e ‘Rigoletto’, de Giuseppe Verdi, entre outros. “O Teatro São Pedro carecia de um quadro fixo de instrumentistas à altura das óperas que produz”, afirma André Sturm, coordenador da Secretaria de Estado da Cultura, responsável pelo projeto.

Mais de 600 músicos se candidataram às 55 vagas — os selecionados começaram a ser contatados na quarta (19). Os salários giram em torno de 3 700 reais. “A partir do segundo semestre, os paulistanos que gostam de ópera poderão assistir a concertos do gênero todos os meses”, conta Duarte.

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