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TCU apura empréstimo do Banco do Brasil a Val Marchiori

Em 2013, Aldemir Bendine, novo presidente da Petrobras, liberou crédito de 2,7 milhões de reais à empresária

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 12h48 - Publicado em 9 fev 2015, 14h58

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga empréstimo de 2,7 milhões de reais feito pelo Banco do Brasil à empresária Valdirene Aparecida Marchiori, a Val Marchiori. A operação foi realizada em 2013, na gestão de Aldemir Bendine, amigo da socialite. Na sexta-feira, 6, o executivo deixou o comando do banco e foi confirmado como novo presidente da Petrobras.

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A apuração, em fase inicial, foi aberta a pedido do Ministério Público que atua no TCU. Em São Paulo, o Ministério Público Federal também pediu abertura de inquérito sobre o caso.

Conforme representação do procurador de contas Júlio Marcelo de Oliveira, os fatos são “potencialmente graves” e a cifra justifica, por si só, a atuação da corte de contas. “Mais importante é o precedente que essa operação encerra, podendo servir de modelo danoso para outras operações do Banco do Brasil, porque as linhas de rigor na concessão do crédito não parecem ter sido observadas”, escreveu o procurador.

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Para Oliveira, deve-se verificar se a operação é “recorrente” ou se foi “especialíssima, com gravidade presente em ambas as hipóteses”. Val obteve o empréstimo do BB a partir de uma linha subsidiada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinada à aquisição de máquinas e equipamentos. De acordo com denúncia de funcionários do BB, a socialite tinha restrições de crédito por não ter capacidade financeira suficiente, além de não ter quitado empréstimo anterior feito pelo banco.

 

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O BB nega qualquer irregularidade. Os recursos foram obtidos por meio de uma empresa de Val, a Torke Empreendimentos, para a compra de caminhões. Logo após a aquisição, os veículos foram sublocados para a Veloz Empreendimentos, que pertence a um irmão e à cunhada da socialite. Os dois tampouco teriam capacidade financeira para a aquisição. A partir da representação, apresentada em 31 de outubro, o TCU autuou um processo sobre o caso e pediu ao BB documentos para analisar a operação. O parecer dos auditores do tribunal ainda não foi concluído. 

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À época da denúncia, o BB, a empresária e o BNDES negaram irregularidades. No entanto, Bendine chegou a avisar o então ministro Guido Mantega (Fazenda) que se cargo estava à disposição.

Em nota publicada em seu blog, que ficou no ar no site da VEJA SÃO PAULO até o fim do ano passado, Val afirmou que seguiu todas as regras e normas exigidas pelos bancos envolvidos. “Repudia-se a tentativa de envolver indevidamente a empresa Torke Empreendimentos em manchetes jornalísticas, até porque cumpre, com rigor, todas as suas obrigações contratuais e legais”, escreveu na ocasião.

Ajuda

Bendine procurou autoridades da corte para convencê-los de que não houve irregularidades. Para isso, contou com a ajuda do vice-presidente de Governo do BB, Valmir Campelo Bezerra, ex-ministro do TCU. Se a operação for considerada irregular, Bendine pode ser multado. Se o TCU entender que houve prejuízo, cabe a abertura de uma tomada de contas especial para confirmar o valor do débito e impor a ele o ressarcimento.

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