Continua após publicidade

Suspeito de causar morte de organizador de rolezinho foge para o Sul

Garoto tem 16 anos e já foi localizado; para polícia, ele agiu em legítima defesa de uma garota

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 14h55 - Publicado em 9 abr 2014, 14h00

A polícia paulista identificou um jovem de 16 anos como participante da briga que causou a morte de Lucas Lima, garoto conhecido por ser organizador de um rolezinho no Shopping Metrô Itaquera, em janeiro. Segundo os investigadores, ele fugiu para Porto Alegre, sua cidade natal, onde estaria hospedado na casa da mãe.

O adolescente mora há dois anos em São Paulo, onde tenta a carreira de jogador de futebol e vive sob a responsabilidade de um tutor. De acordo com o delegado Elton Prado Martins da Costa, responsável pelo caso, o menor estaria com medo da reação dos amigos de Lucas, que o ameaçaram em redes sociais. “Caso ele não se apresente, já preparamos medidas legais para trazê-lo para São Paulo, onde será encaminhado para a Vara da Infância e Juventude”, diz Costa.

+ Vídeo: a preparação, as estrelas e as confusões de um rolezinho

Na terça-feira (8), a polícia ouviu cerca de seis testemunhas, incluindo uma jovem de 18 anos apontada como pivô da briga entre os dois. De acordo com os depoimentos, ela foi a um baile funk em Cidade A.E Carvalho, na Zona Leste, na companhia de Lucas, mas acabou ficando com o outro rapaz. Ao chamá-la para ir embora, Lucas teria sido agressivo, a puxou pelo braço e desferiu uma garrafada em suas costas. Os dois rapazes teriam então começado uma briga. Lucas foi atingido, caiu no chão e bateu a cabeça. Levado para o Hospital Alípio Correa Neto, já chegou morto.

Continua após a publicidade

+ A escalada dos “rolezinhos”

A versão que ganhou força na internet de que Lucas teria sido linchado não se confirmou nos depoimentos, diz o delegado. “Isso se multiplicou pelas redes sociais e tomou uma proporção maior”, avalia. Ele considera as investigações encerradas. “Tudo leva a crer que foi uma fatalidade.” Ainda de acordo com Costa, o caso foi registrado como morte suspeita. Investigou-se a hipótese de homicídio, mas prevalece a convicção de legítima defesa de terceiros. Ou seja, por essa versão, o menor teria tentado proteger a garota de Lucas.

Caso

Continua após a publicidade

Conhecido como um dos organizadores do rolezinho que aconteceu no dia 11 de janeiro no Shopping Metrô Itaquera, Lucas tinha mais de 56 700 seguidores no Facebook. Apesar da fama na rede, os colegas o descrevem como uma pessoa tímida, especialmente com as meninas. “Com quem ele conhecia, era só sorrisos”, disse um amigo.

O jovem, cujo apelido era Kocão, tinha uma rotina atribulada. Pela manhã, aula de informática, à tarde trabalhava como ajudante de pedreiro, e à noite ia às aulas do 3º ano do ensino médio em uma escola estadual da Zona Leste. Ele queria estudar Engenharia Mecatrônica.

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.