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Mario Galizzi fala sobre remontagem de La Sylphide

Primeiro balé romântico da São Paulo Companhia de Dança ganha a cena na quarta (11)

Por Luisa Coelho
Atualizado em 5 dez 2016, 14h24 - Publicado em 6 jun 2014, 21h27

Para abrir a temporada de 2014, que vai até novembro, a São Paulo Companhia de Dança estreia na quarta (11) La Sylphide, remontagem da obra do dinamarquês August Bournonville (1805-1879), feita em 1832. Considerada o pioneiro entre os balés românticos da história, a coreografia foi a primeira feita para sapatilhas de ponta e também iniciou o uso das famosas saias tutu, símbolo da bailarina clássica. Com direção de Inês Bogeá, a remontagem é assinada pelo argentino Mario Galizzi, que falou com VEJASÃOPAULO.COM.

É seu primeiro trabalho com a SPCD?

Sim, eu havia montado o pas de deux do Cisne Negro, mas este é meu primeiro trabalho grande com a companhia. Como remontador é o primeiro no Brasil. Estou maravilhado porque trata-se da primeira obra clássica do grupo. Houve Romeu e Julieta, um neoclássico, mas La Sylphide é o primeiro clássico romântico. Para os bailarinos, mostra-se um desafio forte, já que a trupe tem uma tradição de dança contemporânea. A parte técnica já está incorporada, a dificuldade está no estilo. Mas trabalhamos bastante e creio que entenderam perfeitamente o romanticismo.

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Nesta montagem a coreografia se manteve intacta ou você fez alguma alteração?

É uma maravilha como se mantém conservada a coreografia de Bournonville. Esta é uma das obras menos, digamos, “contaminadas”. Ela se manteve em todos esses anos nas remontagens das companhias. Hoje há mais possibilidades, como vídeos para recriar. 

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Você já trabalhou com dança em diferentes países. Como vê a diferença entre eles, em relação a corpo, movimento, comportamento?

Eu já havia montado La Sylphide em várias companhias. São maneiras diferentes de dançar, não tecnicamente, porque todos fazem aulas. Mas a intensidade de um bailarino latino é maior. Não porque sejam melhores, mas fatores como clima influenciam na dança. Pessoas que vivem em países com clima mais fechados têm uma maneira de andar específica. Esta mistura que há aqui, entre várias nacionalidades, também faz com que as pessoas dancem …não melhor do que os europeus. São mais passionais, artísticos. Não se importam tanto com a perfeição técnica, lidam mais com a paixão.

Você acompanha o cenário da dança no Brasil? 

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Sim, eu acho que é muito forte, há muita gente que estuda dança. Mas eu não sei se há um suporte oficial para a dança. Esta companhia é estadual. Na Argentina, por exemplo, há muitas companhias que recebem verba governamental, aqui não vejo muitas, há mais particulares. Neste país tão grande é muito difícil para algumas pessoas que moram em certos lugares assistir a um espetáculo de dança.

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